Toda a atenção do meio político estava, ontem, voltada para mais um julgamento envolvendo o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que é quem aparece na liderança das pesquisas eleitorais entre os pré-candidatos à presidência, deste ano. E, por decisão unânime, os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) votaram por manter a condenação e ampliar a pena de prisão de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá/SP. O julgamento durou mais de 8 horas.
Em julgamento na sede do tribunal, em Porto Alegre, os desembargadores se manifestaram em relação ao recurso apresentado pela defesa de Lula contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão determinada pelo juiz federal Sérgio Moro, relator da Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba/PR. Lula se diz inocente. Os três desembargadores decidiram ampliar a pena para 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado. O cumprimento da pena se inicia após o esgotamento de recursos no âmbito do próprio TRF-4.
A defesa de Lula ainda poderá tentar inocentar o ex-presidente nas instâncias superiores (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal). Mas, após o julgamento dos embargos no TRF-4, poderá ser expedida ordem de execução de sentença. Nesse caso, ao recorrer ao STJ e depois ao STF, Lula já poderá estar preso.
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