Uma operação deflagrada pela Polícia Civil prendeu um grupo acusado de fraudar carteiras de habilitação. Segundo a polícia, havia envolvimento de duas autoescolas, uma em Tijucas e outra em Itapema. Os proprietários continuam presos.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcus Vinicius Fraile, 65 policiais cumpriram nove mandados de prisão, 21 mandados de condução coercitiva (quando uma pessoa é levada para depor) e 32 de busca e apreensão em 12 cidades de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O grupo atuava desde 2012. “As autoescolas facilitavam a emissão da CNH e forneciam endereços falsos a alunos do Rio Grande do Sul e Paraná”, comenta.
A polícia já identificou pelo menos 16 motoristas que teriam se beneficiado do esquema. “Entre eles há até um motorista analfabeto, que, de acordo com a lei, não pode ter acesso à Carteira Nacional de Habilitação”, afirma. A investigação agora é para saber se há funcionários públicos no esquema.
A “Operação Carteira Falsa” é coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), e da 29ª Delegacia Regional de Balneário Camboriú.
Entrevista com delegado
DAQUI - Foram cumpridas nove prisões temporárias. Essas pessoas ainda estão presas?
Delegado - Estão presos. Alguns eu já liberei, mas os principais continuam presos.
DAQUI - E as autoescolas investigadas continuam funcionando normalmente?
Delegado - Sim, estão funcionando. Nós, aqui na Deic, apuramos a parte criminal e a fraude na emissão das carteiras. Agora cabe ao Detran a suspensão do serviço.
DAQUI - Haverá mais desdobramentos desse caso?
Delegado - Por ora, estamos analisando documentação e interrogatórios.
DAQUI - A operação foi em qual autoescola de Tijucas?
Delegado - Nós mudamos a postura da Deic. Não falamos mais nomes dos envolvidos.
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