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10 de Abril de 2015 - 11:50:55

Entrevista com Eder Muraro

Presidente da Câmara avalia relação entre o poder Legislativo e a prefeitura de Tijucas.
 
 
Entrevista com Eder Muraro

Logo na primeira eleição que disputou, em 2012, Eder Muraro (DEM), foi eleito vereador em Tijucas. Agora, já encara o desafio de comandar o poder Legislativo do Município. Em entrevista ao jornal DAQUI, ele fala sobre as dificuldades de ser presidente da Câmara, mas também faz uma análise da administração municipal. Sem papas na língua, reclama que as comunidades do interior não recebem atenção da prefeitura e critica a gestão do Executivo.

DAQUI - Qual o maior desafio em comandar o Poder Legislativo do município?

Eder – O maior desafio não é a parte funcional da Câmara, mas sim conseguir uma articulação entre os vereadores para fazer com que a coisa ande. Essa diferença entre oposição ou situação às vezes atrapalha o andamento dos projetos. E hoje o que foi mais complicado para mim foi esse início de uma equipe com os servidores aprovados no concurso público. Eles já vieram com muitas reivindicações dos direitos que eles têm. Eles são preparados para fazer um concurso, não estou generalizando, mas quando vão atuar na função não têm experiência. Tem as exceções. Mas isso foi só um momento. O mais desafiador é mesmo a articulação entres os vereadores para fazer as coisas andarem.

DAQUI - O senhor acredita que a população tenha noção de qual é realmente o trabalho dos vereadores?

Eder – Não tem mesmo. Eles não participam da política do município. A comunidade só participa da política quando chegam as eleições e ali não se aprende nada. Deviam cobrar mais dos vereadores, vir à Câmara... Eu estou tentando fazer um trabalho nas escolas de Tijucas para que possamos trazer alunos para a Câmara, como é feito na Assembleia Legislativa. Devo trazer estes adolescentes já na semana que vem. A participação da comunidade é mínima. O vereador faz muito o trabalho social, porque é o político mais próximo do povo. Então, tu acaba sendo pai, mãe, assistente social... Isso não adianta que nunca vai mudar.

DAQUI - Estar na presidência da Câmara permite uma visão mais imparcial com relação aos dois blocos parlamentares. Na sua opinião, é bem claro em Tijucas quais os vereadores são oposição e quais são situação?

Eder – Eu acho que sim. O problema é que muita gente mistura o que é ser situação e oposição. Antes era mais ferrenho a questão política, mas ainda restam fagulhas deste tempo. Uma das prerrogativas dos vereadores é mesmo fiscalizar, tem uns que se saem melhor nesta área, caso da Lialda Lemos que faz este trabalho forte. Nós já fizemos um trabalho de oposição diferente. Ela tem mais tranquilidade e capacidade de buscar informações, coisa que um cara como eu não tem. É preciso ter humildade para saber o tamanho do passo que eu posso dar. A oposição em Tijucas é bem identificada, sim. O que não tá identificada é a situação. Não vejo vereadores defendendo a administração municipal.

DAQUI - Além de legislar, uma prerrogativa importante do Legislativo é a fiscalização do Poder Executivo. Na sua avaliação, Tijucas está sendo bem governada?

Eder – Não. A administração do Valério, se fizer um comparativo de todas as passadas, está sendo uma das piores. As coisas acontecem muito lentamente. O que falta na administração do Valério Tomazi? Primeiro, um gestor. O Valério não é gestor, na minha opinião. Segundo, com equipe ruim o negócio também não vai. O maior problema do Valério é que ele não consegue ter pulso para comandar, falar “quem manda sou eu!”, e o secretariado dele é horrível. Obras, Agricultura, a Educação é horrível. Acho que nunca teve uma secretaria tão mal administrada como a Educação. Acho que a Cultura, Assistência Social e, hoje, a Saúde tem funcionado. O maior problema de Tijucas é ter um prefeito que não é gestor. É um cara que não sabe administrar, não tem pulso para administrar a prefeitura. E vai continuar assim.

DAQUI - O senhor é tido como um dos representantes das comunidades do interior de Tijucas. Na sua avaliação, os bairros mais afastados têm recebido a mesma atenção que os outros por parte do poder público?

Eder – Nenhuma atenção. Nós tivemos um prefeito que fez, por oito anos, um trabalho relativamente bom em Tijucas. Mas no interior ele foi zero. Esse agora, o Valério, fez um pouquinho na estrada no ano que passou, patrolou mais a estrada. Se for dar uma nota em relação ao interior, seria um. Não se pensa no interior em nenhuma área: nem saúde, nem educação, nem transporte... A atenção que eles têm para o interior é zero! O reflexo de como está sendo a administração do Valério está na Câmara: ele literalmente não tem a maioria, mesmo sendo o a maioria do PMDB. É um reflexo de um prefeito que não consegue se articular. Isso é ruim para o Município. E não melhora porque ele não tem atitude. Na época do Uilson Sgrott falavam o “vamos ver”. Agora, nem o “vamos ver” tem. De tão ruim. O prefeito liga para um secretário e manda fazer alguma coisa amanhã. No outro dia não acontece. Vamos até o secretário e ele diz o seguinte: “acho que o Valério tá ficando meio louco. Não tem como fazer”. Ele não tem o domínio, infelizmente.

 

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