Secretário acredita que em 60 dias o serviço deva ser restabelecido
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Há uns três meses, a dona de casa Schirle Bach tem se perguntado porque o caminhão da coleta seletiva não tem mais passado pela casa dela, no bairro Praça, em Tijucas. O contrato com a cooperativa que prestava este serviço foi rompido pela prefeitura, que apontou irregularidades. No entanto, a coleta seletiva deve ser retomada em cerca de dois meses.
“Sempre separei o lixo, mesmo quando tudo era recolhido para ir ao lixo comum. Fiquei maravilhada quando começou a coleta seletiva, porque sei da importância para nosso meio ambiente”, salienta Schirle, que empilha alguns materiais recicláveis enquanto aguarda pela vinda do caminhão da coleta seletiva. “Conversei com alguns catadores, mas eles só levam alguns tipos de materiais. Embalagens que separo, jornais e revistas, não servem para eles”, comenta a dona de casa.
De acordo com o secretário municipal de Obras, Transportes e Serviços Públicos, Adalto Gomes, a expectativa é de que a coleta seletiva de lixo seja retomada em dois meses. “Acredito que dentro de 10 dias lançaremos o novo edital para dar início ao processo licitatório e, em 60 dias, conseguiremos finalizar a parte burocrática, assinar o contrato e restabelecer a prestação do serviço”, espera.
Há dois meses, a prefeitura soltou informação de que teria rompido o contrato com a cooperativa que fazia a coleta seletiva por irregularidades encontradas. “Os problemas vêm sendo relatados desde 2014 quando houve as primeiras denúncias do Ministério Público de Santa Catarina e de moradores da comunidade de Morretes, onde o galpão da cooperativa funcionou temporariamente”, informou.
No novo edital, a prefeitura já pretende comprometer a empresa ou cooperativa que assumir o serviço a dar espaço em seu quadro de funcionários a catadores de recicláveis da cidade, além de terem de realizar campanhas de incentivo e conscientização à correta destinação dos resíduos sólidos.
IMPACTO ECONÔMICO
“Pela questão ambiental, estamos sendo bem exigentes quanto ao cumprimento das licenças e destinação correta do lixo. E há também a questão econômica. Com a boa reciclagem, vamos economizar o dinheiro do povo”, ressalta Adalto. Atualmente, todo o lixo tem sido recolhido
pela mesma empresa para levar ao aterro que, pelo montante, recebe cerca de R$ 250 mil por mês – o que é proporcional ao volume de lixo recolhido. Com a retomada e ampliação da coleta seletiva, esta quantidade de resíduos levados para o aterro deve diminuir e reduzir o gasto dos cofres públicos do município
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