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21 de Setembro de 2017 - 18:11:00

Rosamaria participa de bate-papo com estudantes

Jogadora da seleção brasileira de voleibol esteve em Tijucas para trocar experiência de vidas com alunos do CAU
 
 
Rosamaria participa de bate-papo com estudantes

CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA

[email protected]

 

Adolescência é aquela fase das incertezas, em que se caminha na tênue linha entre sonhar e duvidar dos próprios sonhos e escolhas. Nestas horas, conhecer alguém que passou pelas mesmas dúvidas e conquistou o sucesso, pode ser uma boa alavanca. Estudantes do Colégio de Aplicação Univali (CAU) tiveram esta oportunidade. Receberam a visita da jogadora de vôlei da seleção brasileira, Rosamaria Montibeller.

Natural de Nova Trento, Rosamaria tem 23 anos. Apesar da pouca idade, tem currículo de veterana – coleciona títulos importantes e carimbos no passaporte. Destaque pela equipe do Minas na última temporada da Superliga, quando terminou como a terceira maior pontuadora da competição, foi convocada para defender a seleção adulta neste início de ciclo olímpico. E não começou como coadjuvante. Teve papel fundamental no grande desempenho da equipe renovada. De quatro campeonatos internacionais, foram campeãs de três e vice de outro.

No bate-papo com os estudantes, Rosamaria salientou a importância do esporte na vida dela. Começou no projeto de Nova Trento com oito anos. Na época, era considerada uma criança gordinha, e isto foi um dos motivos para que os pais a colocassem na prática do voleibol. Mas, conforme crescia, Rosamaria se destacava. E com 15 anos, começava a trajetória como profissional. Mudou-se para São Caetano do Sul, cidade sede do primeiro clube pelo qual disputou uma Superliga.

“Hoje todo mundo acha maravilhoso eu ter chego na seleção, falam que tive sorte. Mas eu sei que não foi sorte. Eu sei de quantas coisas tive que abrir mão para chegar onde cheguei. Foi preciso muita dedicação, mas eu posso afirmar que é possível!”, destacou a atleta. Questionada pelos alunos sobre estar no auge da carreira, Rosamaria ressaltou que ainda quer evoluir muito mais. “Com certeza, meu objetivo é estar nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. Mas ainda tem muitos campeonatos para disputar até lá. E como ninguém tem cadeira cativa na seleção, minha meta é me manter nela”, comentou, determinada.

Aos alunos, Rosamaria lembrou que, em 2012, assistia a seleção feminina jogar em Londres e pensava que não seria possível. Parecia algo muito distante. Mas que, passados cinco anos, está ao lado de algumas dessas atletas que via pela televisão, em quadra, lado a lado defendendo a camisa do Brasil. “Com a idade de vocês, tive incertezas. Mas o esporte me fez perceber que as coisas não são tão imediatas quanto nossa geração está acostumada. É

preciso paciência e dedicação. Saí de Nova Trento achando que era uma atleta pronta. E só depois fui entendendo que tinha muito que aprender. Tudo tem seu tempo. E todos nós temos um tempo diferente para acontecer”, analisou, demonstrando que, além da técnica, a maturidade fez com que desenvolvesse a paciência para entender: a hora certa sempre chega.

 

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