No início da semana, um polêmica decisão judicial causou uma onda de indignação e manifestações, principalmente pelas redes sociais. Um juiz do Distrito Federal concedeu liminar em que torna legal a oferta do tratamento de reversão sexual – o que popularmente ficou conhecido por ‘cura gay’. Começaram então a surgir os argumentos: favoráveis ou contrários à tal cura.
Em 1999, uma resolução publicada pelo o Conselho Federal de Psicologia (CFP) dizia que “os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”. Basicamente, proibia a oferta da tal ‘cura gay’. Agora, surge uma intervenção da Justiça que se sobrepõe ao conselho que regulamenta a psicologia – o que já seria uma discussão e polêmica à parte.
Mas deixemos esta questão de lado e vamos apenas refletir: admitir que a opção sexual de alguém requer cura, é concordar que, então, ser homossexual é estar doente. Mas será mesmo que é esta tal “doença” que merece a atenção? Ou merece ser curada aquela parcela da sociedade que se preocupa mais em condenar as várias formas de amor do que estender a mão ao outro?
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