A Justiça determinou o bloqueio de bens de quatro pessoas, suspeitas de terem liberado recursos para um festival de bandas em Canelinha de forma irregular. A decisão é do juiz substituto Heriberto Max Dittrich Schmitt, da comarca de Brusque. Os acusados contestam a decisão.
Foram bloqueados os bens de Jones Bósio, ex-secretário da SDR/Brusque; do ex-prefeito de Canelinha, Antônio da Silva; Rosenildo Amorim, ex-secretário executivo do Instituto de Moda Catarinense; e Carlos Arnoldo Queluz, ex-gerente de Esporte, Cultura e Lazer.
Segundo a decisão da Justiça, Bósio repassou R$ 30 mil à prefeitura de Canelinha, através do Instituto de Moda Catarinense, para a realização de um Festival de Bandas em 2014. A acusação sustenta que o evento nunca aconteceu. “Não há até o presente momento, qualquer prova, a mais remota sequer, que esse dinheiro tenha ido para pagamento da organização e estrutura do I Festival Intermunicipal de Bandas do Município de Canelinha. Pelo contrário, tudo nos autos demonstra que essa quantia foi para o próprio bolso de Antônio da Silva, ex-prefeito de Canelinha, o que aconteceu com a ciência e colaboração de Jones Bosio, Rosenildo de Amorim e Carlos Arnoldo Queluz”, afirmou o promotor Daniel Westphal Taylor, na petição do processo.
ACUSADOS NEGAM
O ex-secretário de Desenvolvimento Regional de Brusque, Jones Bósio, diz estar sendo vítima de perseguição da mídia e do judiciário de Brusque e que a Justiça não o ouviu e já o condenou. O ex-prefeito de Canelinha, Antônio da Silva e Rosenildo de Amorim, atual Secretário de Administração e Finanças de Tijucas, afirmam que o evento aconteceu e que inclusive, foi noticiado pela imprensa local na época de sua realização, em 2014.
Ainda de acordo com Rosenildo, trata-se do Festival do Trabalhador do Vale do Rio Tijucas do qual ele participou da organização apoiando a prefeitura local. Ele também afirma que ainda não foi notificado judicialmente, mas que assim que for, fará sua defesa com base na verdade dos fatos. "Enquanto isso sigo à disposição da justiça na expectativa de que o caso seja resolvido com a maior rapidez possível", explica. Carlo Queluz não atendeu às ligações da reportagem para comentar os fatos.
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