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09 de Junho de 2017 - 21:26:33

Setor náutico deve gerar emprego e renda

Expectativa é de criação de 2.500 novos empregos até 2019, além de triplicar o PIB em até uma década
 
 
Setor náutico deve gerar emprego e renda

Ornelas e Jean têm conduzido as estratégias para atração do setor náutico

 

CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
[email protected]

 

Por muitos anos, Tijucas esperava uma solução para a balneabilidade da praia, como se ali estivesse a propulsão da economia da cidade. E isto nunca aconteceu. Com novo olhar sobre o mar, há pelo menos dois anos o polo náutico tem se tornado o foco para o desenvolvimento econômico nos próximos anos. Até 2019, a expectativa é de que gere 2.500 empregos diretos e, num prazo de quatro a 10 anos, triplique o PIB (Produto Interno Bruto) do município.

De acordo com um dos responsáveis pelas estratégias e negociações do polo náutico, o consultor em Turismo e Desenvolvimento Territorial, Álvaro Ornelas, dois fatores têm sido fundamentais para que Tijucas conquiste a atenção de empresários do ramo náutico: a localização geográfica e o fato de o município ser um dos únicos no país a ter um Plano Diretor adaptado para receber investimentos do setor.

“O Polo Náutico é uma vitrine boa, uma perspectiva de inovação para a cidade. E o foco agora é a internacionalização”, salienta Ornelas. Conforme o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Jean Carlos de Sieno dos Santos, nos últimos dois anos a ideia tem conquistado mais espaço internacional: já estiveram na Itália, Estados Unidos, Uruguai e Chile.

Sobre a expectativa de triplicar o PIB – que é a soma do que é produzido no município – e do surgimento de novos empregos com a atração de novos empreendimentos do setor, Jean acredita que a produção de barcos traga mais vantagens que a produção de automóveis, por exemplo. “O valor agregado dos produtos da área náutica é muito alto. E outra vantagem é que é muito mais rentável que o setor automobilístico, porque valoriza mais a mão de obra por serem praticamente 100% artesanais”, destaca o secretário.

Ornelas acredita que seja importante ter uma visão de que setor e cidade não crescerão sozinhos. Junto com o setor náutico, com viés internacional, os polos cerâmico e logístico, por exemplo, também terão possibilidade de crescimento. “O turismo de Tijucas sempre foi muito fraco, eu diria que inexistente. Mas pensando junto com as baias da região (Bombinhas, Porto Belo e Governador Celso Ramos), passamos a ter um valor econômico para o turismo muito grande”, afirma.

 

Empreendimentos do setor náutico já estão aqui

“O Polo Náutico é uma vitrine boa, uma perspectiva de inovação para a cidade. E o foco agora é a internacionalização”

 

Expectativa é de que investimentos contemplem toda economia do mar

Atualmente, há empreendimentos com os olhos voltados para Tijucas. Outros que o Polo Náutico pretende atrair nos próximos meses ou anos. Mas, já existem investimentos concretos da iniciativa privada por aqui. Barcos que custam entre R$ 250 mil e R$ 3 milhões, por exemplo, já estão sendo produzidos na cidade.

Segundo Jean, Tijucas já tem o Golden River, único loteamento náutico 100% aprovado com marina pública e também o condomínio de galpões South River – um complexo que prevê 26 galpões no Sul do Rio, sendo que oito estão prontos. Num destes fica um estaleiro, a Top Line, que já produz barcos avaliados entre R$ 250 mil e R$ 3 milhões.

Também está com base aqui, a Marina Express, que é, conforme o secretário, a maior importadora de produtos náuticos de luxo do Brasil. E que deve atrair outros investidores para cá. “A Marina Express optou por mudar a sede de São Paulo para Tijucas até 2019, deixando de ser filial aqui”, comenta Ornelas.

MARINA CENTER

O Tijucas Marine Center (TMC) deve ser o maior conjunto de empresas do polo. O projeto prevê a união de serviços, indústria, comércio e área de ensino – dentro da estrutura estão previstas instituições e cursos de capacitação internacional. “O TMC é a inovação por meio de conhecimento, que vai dar sustentabilidade ao centro de serviços náuticos. Terá espaço para produzir, vender e, futuramente, usar as embarcações. Contempla a economia do mar como um todo e Tijucas foi o espaço escolhido”, ressalta Ornelas.

 

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