Ei, você sabe quem foi este homem que há 25 anos partiu? Talvez já tenha ouvido falar o nome... Ou, pelo menos, o sobrenome – que é bem daqui. Muita gente talvez não saiba é a importância que este Harry Laus teve, os lugares que percorreu e por onde levou o nome de Tijucas. No último dia 27 de maio, fez 25 anos de sua morte. E o mínimo que merece é ser lembrado (e apresentado aos que não o conhecem).
Parte da tradicional família Laus de Tijucas, Harry nasceu em 1922 – justamente num ano emblemático para a arte moderna no Brasil. Coincidência por, depois, ele ter se tornado renomado crítico de Artes, conhecido no país inteiro pela intensa atividade jornalística que se estendeu por três décadas.
Também escreveu – atividade ao qual era apaixonado, na mesma medida que pela leitura. Publicou muitas novelas e contos na França, inclusive “Les Jardins du Colonel”, traduzido no Brasil como “Os Papéis do Coronel”. Se atirava na escrita com seriedade e intenso desejo de atingir “o resultado, o sumo, a essência”, nas palavras do Coronel do próprio romance.
Aliás, único romance de Harry Laus. Em “Os Papéis do Coronel”, o texto coloca seriamente a questão do escrever, deixando-nos o testemunho do processo literário de Harry Laus, suas angústias, questionamentos e o próprio caminho interior. Apesar das idas e vindas pelo mundo, Harry estava em Florianópolis quando, no fim de maio de 1992, partiu, aos 80 anos de idade. Ficou na lembrança de alguns, na estante de outros e na admiração de muitos.
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