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12 de Maio de 2017 - 13:12:44

“Eu sei que vou te amar...”

Na gestação, Aline só contou para algumas pessoas da família que a filha poderia nascer com síndrome de down. Tinha receio que a olhassem com pena
 
 
“Eu sei que vou te amar...”
Com seis anos, Larissa é participativa: além do tratamento e dos estudos, é bailarina dedicada
 
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
 
Durante a gravidez da única filha, a administradora Aline dos Anjos de Campos, hoje com 33
anos, manteve um segredo apenas entre a família: exames apontavam que Larissa teria
grandes possibilidades de nascer com síndrome de down. “Eu não tinha planejado ficar
grávida, então já estava insegura. E logo tive esta notícia. Tudo estava acontecendo muito
rápido, era muita coisa para pensar. Eu não queria contar para as pessoas porque não queria
que ninguém tivesse dó de mim”, conta.
 
Já acostumada com a ideia, mas talvez com o inconsciente acreditando que Larissa pudesse vir
sem a síndrome, quando foi para a maternidade, Aline esqueceu de mencionar o que os
exames haviam constatado. E quando a menina veio ao mundo, percebeu que o médico a
olhou como quem pensa ‘como irei dar a notícia aos pais’. Ele mesma o acalmou: “eu sei que
ela tem síndrome de down”. No entanto, confessa que, por alguns instantes, chegou a
esquecer.
 
Com a chegada de Larissa, ‘marinheira de primeira viagem’ na maternidade e ainda mais com
um bebê que precisava de mais atenção, Aline oscilou entre momentos de choro e
insegurança, com os de aprendizado e determinação. E com aquele bebezinho no colo, olhou
nos olhinhos puxados e brilhantes para dar um recado que carrega no coração: “você é minha
filha. Vou te criar para se desenvolver e fazer tudo sozinha. Se você conseguir, vou ser muito
feliz. Se não conseguir, também vou estar feliz”, e cantou “Eu sei que vou te amar!”, como
numa espécie de juramento de amor eterno à primogênita.
 
Seis anos depois, Aline segue firme no que prometeu para Larissa. Garante que a filha seja
participativa. “Sempre busquei muito conhecimento e procuro, diariamente, estimular a
Larissa em todas as atividades. Ela estuda, faz tratamento com fonoaudióloga e pedagoga, faz
balé, vai ao cinema... Participa de tudo que é convidada. Nunca escondi minha filha de nada”,
assegura, na certeza de que os estímulos só fazem bem ao desenvolvimento da menina.
 
A insegurança de Aline nunca esteve no hoje. O receio sempre foi – e ainda é – quando olha
para o amanhã. “Enquanto está comigo, está ótimo. Mas ela vai crescer. Como vai ser? Se um
dia ela casar, se quiser mora comigo, terá sempre o lugar dela. Quero que ela trabalhe, faça
tudo... Mas sempre dentro do limite dela”, confidencia Aline. E enquanto fala de Larissa, os
olhos brilham, com aquele orgulho tipicamente maternal. O amor é por toda a sua vida – como
dizia a canção.
 

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