“Meu medo é que, se eu não ajudar, eles voltem a façam algo”
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Edificações abandonadas no coração de Tijucas têm servido para abrigar andarilhos e usuários de droga. E isso tem assustado moradores de casas vizinhas, como também comerciantes das proximidades. A prefeitura diz que, nestes casos, notifica os proprietários para que impossibilitem a invasão.
Ana Carolina Ternes mora na rua Coronel Buchelle, no centro da cidade. Há seis meses, viu um casarão antigo, que fica em frente à sua casa, virar ponto de encontro de usuários de drogas. “Eles já me abordaram algumas vezes pedindo dinheiro. A sensação é de insegurança total”, comenta. A reportagem do DAQUI não conseguiu contato com o proprietário da edificação – que fica ao lado da igreja Universal.
Não muito longe dali, a comerciante Danielli Silva diz que durante todo o dia, aparecem pedintes em sua loja, que fica próxima ao antigo prédio do Correio – edificação abandonada que também serve de abrigo para usuários de drogas. “Eles passam pedindo o dia inteiro, para mim e para os clientes. Meu medo é que, se eu não ajudar, eles voltem a façam algo”, salienta.
O secretário municipal de Obras, Transportes e Serviços Públicos de Tijucas, Adalto Gomes, diz que tem sido feito um trabalho conjunto com a secretaria de Ação Social. Inclusive, recentemente, com a retirada de invasores de terrenos na rua 13 de maio – onde vários acampamentos haviam sido montados em terrenos baldios. “Sempre que ficamos sabendo destas situações, buscamos notificar o proprietário. Caso ele não faça nada e nós percebamos que a situação apresenta problema de risco à saúde pública, por exemplo, interferimos”, destaca.
ANTIGO CORREIO
Especificamente com relação ao prédio dos Correios – em que o DAQUI fez reportagem há quase dois anos e a empresa havia dito que estava prestes a lançar processo licitatório para venda do local, mas não cumpriu a promessa –, Adalto comenta que o prédio era do município na década de 1950. No entanto, foi doado sem que determinasse a devolução ao próprio município quando os Correios deixassem de usar. “Solicitamos a devolução do prédio, mas eles estão querendo nos vender, alegando não ter o registro de termo de cessão”, explica.
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