Em época de crise, os catarinenses vão procurar promoções e preços baixos na hora de comprar os presentes de Páscoa. Neste ano, eles vão gastar 4,2% a mais em relação ao ano passado, mas vão levar menos chocolates para casa. É o que revela uma pesquisa da Fecomércio/SC em parceria com a Federação dos Dirigentes Lojistas (FCDL/SC).
A Páscoa é um período de movimento intenso no comércio. Segundo a pesquisa, a média de consumo para este ano será de R$ 158,21 por pessoa, gasto superior a 2014, mas inferior à inflação do período (7,7%). “Os consumidores catarinenses devem optar pelas promoções e pelo melhor preço, a exemplo do que já vêm fazendo em outras datas comemorativas, já que o crescimento da renda das famílias tem desacelerado e a perspectiva de inflação se mantém acima das previsões do governo” afirma Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.
Segundo a pesquisa, 27% dos entrevistados vão fazer pesquisa antes de comprar. Outro agravante no preço dos chocolates é que os produtos de marcas tradicionais reduziram o peso e aumentaram os preços. Alguns ovos que no ano passado tinham 212 gramas, passaram a ter 196. Os chocolates com surpresas e personagens de desenho animado, que atraem as crianças, também costumam ser até 30% mais caros. A pesquisa também alerta para a variação dos preços entre os estabelecimentos.
Chocolates caseiros são opções
Com os preços altos, principalmente dos chocolates de marcas famosas, os doces caseiros ganharam mais espaço no mercado. A doceira Carla Rosa está cheia de encomendas. “O chocolate caseiro, quando bem feito, é uma delícia e mais barato. Enquanto o quilo do ovo industrializado custa em média R$ 190, o nosso sai por R$ 50”, afirma.
Carmem Lúcia Linhares já trabalha há 22 páscoas em Tijucas. “Fazia os chocolates na minha casa. Este é o segundo ano que abro uma sala comercial durante este período. Percebo que cada vez mais as pessoas buscam os chocolates artesanais”, acredita. Segundo ela, além do preço, os clientes estão preferindo o sabor das delícias feitas à mão. “São feitos com carinho, mais saborosos que os industrializados”, defende.
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