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É a terceira vez que chove e vaza esgoto na Rua Rio de Janeiro
Ana Maria Leal da Veiga
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Os moradores das ruas Rio de Janeiro e Tocantins, no bairro Universitário, estão revoltados. A cada chuva, o sistema de tratamento de esgoto – recém implantado – transborda. Além das duas ruas, outros pontos da cidade sofrem com o mesmo problema. A nova diretoria do Samae trabalha para amenizar o problema.
Moradores reclamam de vazamento de esgoto no bairro Universitário
Os aposentados Arnaldo José Gabriel, de 48 anos e Assis Américo Cardoso, de 53, moram na rua Rio de Janeiro. Os dois sofrem com o problema do vazamento de esgoto. Segundo eles, a primeira vez que aconteceu o vazamento foi no dia 31 de dezembro, bem na virada do ano. “Depois disso, a cada chuva o esgoto transborda e fede”, constatam. O cheio ruim na rua permanece por dias. “Quando essa água de esgoto seca fica uma lama. Bate o sol e fica um cheiro muito ruim. Ninguém aguenta”, contam.
Dona Alcires Casas mora na Rua Tocantins. Por duas vezes, em menos de um mês, a calçada dela ficou coberta de esgoto. Os três moradores estão com medo de fazer a ligação à rede de tratamento esgoto sanitária. “Quem já fez está sofrendo ainda mais. O pior de tudo é que já estamos pagando por esse serviço mal feito e que não usamos”.
Samae sabe do problema
O novo diretor do Samae, Jorge Steil, reconhece o problema. Ele, inclusive, já foi verificar pessoalmente a situação nas ruas Rio de Janeiro e Tocantins. “Estou ciente do problema e que ele é grave. Estamos trabalhando para amenizar. Por isso, estamos fazendo um levantamento completo da situação e vamos passar todas as informações para a comunidade, em uma coletiva de imprensa”, revela.
Steil conta que outros pontos da cidade também sofrem com vazamento, como por exemplo, a Rua Coronel Buchelle, nas proximidades do Dinossauro. “Hoje (terça-feira) estava voltando esgoto lá. Três bombas estavam paradas. Quando a bomba não trabalha, o esgoto tem que voltar para algum lugar”, explica. Segundo Steil, um dos motivos para o problema é que a população possa estar abrindo as “tampas de espera” do esgoto para escoar a água da chuva, o que é proibido.
Obra milionária
A obra de tratamento de esgoto, eleita pelo ex-prefeito Valério Tomazi, como a mais importante do seu mandato, custou aos cofres públicos R$ 32.011.228,00. O tratamento abrange 60% da área urbana do município. O projeto contempla 5.200 ligações, entre casas e comércios. A Cosatel, empreiteira responsável pela obra, iniciou os trabalhos em Tijucas em março de 2012 e terminou em dezembro de 2016.
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