Quando ainda estava na terceira fase do curso de Letras em Inglês e Português, Joacir José dos Santos começou a trabalhar no Cruz e Sousa. O ano era 1976. Desde então, nunca mais saiu do colégio. São 40 anos de história dentro de uma mesma instituição. Aos 62 anos de idade, o conhecido “teacher Cidinho”, é o professor com mais tempo de casa que o Cruz e Sousa já teve.
Cada pequena lembrança que ele coleciona dessas quatro décadas estão muito bem guardadas na memória. Toda evolução da escola, por menor que seja, é contado de forma grandiosa pelo professor, que tem como maior satisfação estar entre os jovens. “Fico extremamente feliz quando tenho ex-alunos como meus colegas de trabalho. Amo trabalhar com a juventude”, declara. Embora seja aposentado, Cidinho continua lecionando como professor de inglês no Cruz e Sousa. Um dos principais motivos para a permanência dele no colégio é a vontade de trabalhar nesse “ambiente dos sonhos”, como chama.
Quem estuda ou estudou em Tijucas e já participou de algum dos jogos interescolares sabe que o Cruz e Sousa tem fama de ter boas equipes. Cidinho conta que no final dos anos 60 e início dos anos 70, o colégio tinha uma forte tradição no vôlei. Já nos anos 90 jogou muito futebol, e é até hoje muito forte no futsal.
Relatos do passado para o presente
POR PAULA EDUARDA DA SILVA
Aluna do Cruz e Sousa
Neste ano o colégio Cruz e Souza completa 100 anos. Eu, como atual estudante da unidade, tive a oportunidade de entrevistar um dos ex-alunos da escola: o empresário Giovanni Marcelino. Já formado há 30 anos, conta que estudou no colégio durante as séries inicias e o ensino fundamental, nos anos de 1975 a 1983. Aos 47 anos, relembra com saudade dos momentos que marcaram a vida escolar, dos professores e direção da época.
Durante a adolescência, gostava de jogar vôlei e por algumas vezes representou o colégio em competições escolares. Lembra de quando o time se classificou para a Olimpri (Olimpíada da Primavera - etapa regional) com a orientação do professor Cidinho. Recorda-se do espírito competitivo que acontecia entre as escolas dos bairros.
Durante a entrevista pude observar algumas mudanças que ocorreram ao longo do tempo, percebo que atualmente alguns alunos perderam um pouco da essência do que realmente é ser um estudante do colégio Cruz e Sousa.
Com nostalgia, o empresário conta algumas situações engraçadas que aconteceram durante sua passagem pelo colégio. Lembra-se da diretora Leda Regina, e de seu colega de classe, Henrique, que costumava bagunçar durante as aulas e levar puxões de orelha da diretora. Como em qualquer turma, não é diferente, sempre há os alunos bagunceiros, que ficam marcados na memória.
Atualmente no terceiro ano do ensino médio, penso que momentos como esses que marcaram a vida escolar de Giovanni, também farão parte de minhas lembranças futuramente. Assim como ele, eu tenho orgulho de ser estudante do colégio Cruz e Sousa e espero que os atuais e futuros alunos conservem, valorizem e orgulhem-se de estudar nesta escola que fez e ainda fará parte da história de muitos estudantes.
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