Algumas vias de Tijucas já possuem delimitação para o tráfego de ciclistas – as chamadas ciclofaixas. Na avenida Bayer Filho, no centro da cidade, recentemente foi ampliado este espaço em outros 700 metros, que estenderam até as proximidades do Koch. Mas, os motoristas têm respeitado este espaço?
Pela legislação, é permitido parar na ciclofaixa somente para embarque e desembarque de passageiros do veículo. Em outros casos o motorista está sujeito à multa e a levar cinco pontos na carteira. Em outubro do ano passado foi determinado pela Diretoria Municipal de Trânsito e Transportes (Ditran) que não seria mais permitido estacionar do lado esquerdo da Bayer Filho. Naquela época a ciclofaixa ia do semáforo do Cruz e Sousa ao Compre Fácil – onde, portanto, não havia espaço para estacionamento na via.
O secretário de Obras, Transportes e Serviços Públicos do município, Artur Tomazoni Filho, conta que outras ações estão sendo feitas para o trânsito de Tijucas. “A ampliação da ciclofaixa faz parte de uma série de obras e reformas que estamos realizando. Pretendemos pintar todas as faixas e lombadas da cidade. Muitas estão danificadas”, explica Artur. O secretário também comentou que, por enquanto, não há projetos para novas ciclofaixas.
Nice sofreu acidente quando ia trabalhar
Segundo a Associação Brasileira de Prevenção dos Acidentes de Trânsito, cerca de 2 mil ciclistas morrem por ano no trânsito, no país. Cleunice Regina Martins, de 53 anos, entrou para esta estatística.
Em abril deste ano, ela sofreu um acidente enquanto ia trabalhar de bicicleta. Nice, como era conhecida, estava no início da P2, vindo em direção ao centro, quando o motorista de um caminhão cruzou a avenida e não a viu. Ela bateu com a cabeça na lateral do veículo e teve traumatismo craniano. Nice ficou internada por dez dias, mas não resistiu ao ferimento. Ela transitava pela ciclofaixa, o que não impediu o acidente de acontecer.
Para Giseli Martins, uma das filhas de Nice que também anda de bicicleta pela cidade, a falta de estrutura adequada não é o único problema. “Eu já me sentia insegura, agora com a morte da mãe estou mais ainda. Muitos motoristas não têm educação. Esses dias atravessei na faixa de pedestres e fizeram cara feia para mim”, comenta.
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