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A luta pela igualdade de gênero tem avançado. Apesar de ainda ser distante a diferença de espaço ofertado aos homens e mulheres na política, Tijucas é um dos municípios em que é possível perceber a presença feminina no poder público. Na Câmara de Vereadores, das 13 cadeiras, duas são ocupadas por mulheres. Já na administração municipal, dos 17 nomes do alto escalão, oito são mulheres.
Elizabete Mianes da Silva, a Bete (PMDB), está em seu quinto mandato consecutivo de vereadora. Ela conta que, no início, foi difícil se impor no meio político. Mas logo superou. “Há 20 anos as coisas eram bem diferentes. Por alguns momentos tive de me impor, para conseguir o respeito. Mas as coisas mudaram e depois que mostrei para o que vim, consegui a credibilidade com a população, e isso basta para superar as dificuldades”, comenta Bete.
Lialda Lemos (PSDB) garante que nunca sofreu qualquer preconceito na Câmara. Ela ressalta que a maior dificuldade para a mulher que, como ela, se propõe a estar num cargo público como vereadora é a sobrecarga diária – ter a casa para cuidar, filhos e ainda a profissão (no caso dela, professora). “As mulheres têm que buscar mais espaço. Muitas ainda se acovardam, têm medo. Nosso Legislativo deveria ter mais representação feminina. Com mais mulheres, o trabalho na nossa Câmara seria muito melhor”, defende.
NO EXECUTIVO
Dos 17 nomes (entre secretários, diretores e superintendentes) da administração municipal de Tijucas, oito são mulheres. Quase a metade. De acordo com o prefeito Valério Tomazi (PMDB), as qualidades do gênero feminino colaboram para o trabalho do Poder Executivo. “Mulheres são mais cuidadosas, mais organizadas e detalhistas. A sensibilidade delas ajuda muito. E isso facilita para quem tem de lidar com o público”, avalia.
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