“Não queremos que outras pessoas passem por isso que estamos passando”
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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A indignação e a participação das pessoas em manifesto por mais segurança em Tijucas foram desproporcionais. Muitos falam do medo pelo avanço da criminalidade, mas pouquíssimos se dispuseram a, no último sábado à tarde, participarem da caminhada em protesto para chamar a atenção para a segurança pública na cidade.
Entre as poucas pessoas que compareceram no manifesto que caminhou pelo centro de Tijucas estavam parentes de duas vítimas de latrocínio – que é o roubo seguido de morte – em casos que revoltaram o município: do estudante Bruno Pereira, há duas semanas; e da empresária Leandra Inez, há dois anos.
“Tijucas sofre com a falta de segurança. Estamos desnorteados e sem chão, não queremos que outras pessoas passem por isso que estamos passando. O povo tem que vir as ruas e pedir segurança. Temos que nos unir, ninguém está livre de uma tragédia”, comenta Sandra Regina Pereira, avó de Bruno. O caso dele, está em fase de investigação pela Polícia Civil que, semana passada, prendeu um dos suspeitos de ter participado do assalto e assassinato do jovem de 19 anos, às margens da BR-101, no centro da cidade.
CONSCIENTIZAÇÃO
Caminhada alerta para violência contra crianças
Objetivo principal é incentivar denúncias quando houver suspeitas
Também no sábado, só que pela manhã, outra caminhada percorreu algumas vias do centro de Tijucas. Contudo, ao invés de protestar, o manifesto tinha por objetivo a conscientização e prevenção de crimes contra menores de idade. A ação fez parte da 11ª Semana Tijuquense de Combate à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Com cartazes de conscientização e entregando adesivos e informativos, o grupo buscava mostrar aos moradores que a exploração e o abuso sexual pode estar presente nos lugares mais próximos e que é preciso estar atento, denunciando no menor grau de dúvida.
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