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05 de Maio de 2016 - 17:44:44

Quando o amor materno só aumenta

Dona Bete garante que, no caso dela, no coração de mãe sempre cabe mais um, outro e mais outro...
 
 
Quando o amor materno só aumenta

“Eu sempre digo pra eles: o meu nome é família!”

 

CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA

[email protected]

 

Sabe aquela história de que coração de mãe sempre cabe mais um? Elizabete Roncálio, a dona Bete, garante que é assim: cabe mais um, outro, e mais outro... E o amor sempre aumenta. Para ela, responder à simples pergunta “quantos filhos a senhora tem?” é tarefa difícil. É preciso explicar – tem filhos que já eram de seu marido, mas criou como se fossem dela; tem netos que viraram filhos; tem quem tenha sido adotado; e, ainda, os que ela mesma gerou. “Eu sempre digo pra eles: o meu nome é família!”, conta a mãezona.

Tijucana, dona Bete tem 60 anos. Tinha 16 quando resolveu casar. O marido, seu Geraldo, tinha o dobro da idade dela, era viúvo e já tinha cinco filhos (crianças entre oito e um ano de idade). Já começou o relacionamento como mãe. Depois, teve outros seis. Nesse intervalo, ainda criou como se fosse filho, um neto. “Ele me chamava de mãe. Vai fazer oito anos que ele caiu no mar e nunca mais foi achado. Era embarcado. Não existe dor pior. Na época eu achava que ia morrer junto”, lembra. Mas também recorda que o amor pelos outros filhos fez com que tivesse forças para continuar.

A mãe biológica deste neto, que ela criou, foi a segunda grande perda na família. Morreu há seis anos. Doente, antes de partir teve o cuidado de passar a guarda de outro filho para dona Bete. Mais um neto que virou filho. “Eu tenho a alegria de ter seis ainda morando comigo. Gosto de ter todos por perto, de fazer festas em família. É uma alegria essa união!”, comenta, orgulhosa.

À PRIMEIRA VISTA

A casa já era cheia. Mesmo assim, o coração de mãe quis se abrir para alguém de fora. Há 19 anos, quando uma das filhas trabalhava na maternidade de Tijucas, dona Bete soube que havia nascido uma criança e que estava para adoção. Entretanto, como o menino não tinha um dos braços, era rejeitado pelos pretensos pais. “Disseram que ninguém queria. Desde então, eu não dormia e nem comia direito. Só pensava nisso. Um dia fui até lá. Quando olhei para ele, não teve jeito, era meu filho. Adotei”, recorda, com os olhos embargados pela alegria de ter reconhecido, naquela maternidade, mais um amor que carregaria para a vida.

AMOR POR CRIANÇAS

Além de cuidar da casa e acompanhar o trabalho do marido na oficina mecânica – que hoje é feito pelos filhos – dona Bete sempre deu jeito de ir atrás de seu dinheirinho extra. Diz ela que precisava disso para poder conseguir comprar presentes para todos, em dias de festas. Uma das funções que acumulava era a de cuidar de crianças. E ainda faz. Hoje, toma conta de quatro, no período da tarde. “Tendo saúde a gente tem que trabalhar”, argumenta. Ela ficou viúva no início deste ano, quando o marido morreu por causa de um câncer. Ainda com todas as perdas que teve no percurso, a alegria que expressa ao contar a história de sua vida, demonstra que o grande coração de mãe supera tudo.

 

 

 

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