Elmis vai conversar com Valério para pedir apoio nas eleições
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Chega ao fim a indefinição sobre o nome que será lançado pelo PMDB de Tijucas como pré-candidato a prefeito. Pela lógica, Valério Tomazi (PMDB) iria à reeleição. Mas, numa disputa interna com o presidente da sigla na cidade, Elmis Mannrich (PMDB), a decisão foi para votação nas prévias. De 54 votos, o atual prefeito conquistou 20, contra 34. Nenhum dos 45 membros titulares do diretório faltou à pré-convenção.
As prévias aconteceram no Lions Clube, no centro de Tijucas, na noite da última terça-feira. Dezenas de correligionários apareceram – mesmo os que não votavam – apesar da chuva daquela noite. E outros tantos, à distância, mandavam mensagens aos presentes perguntando “e aí, como estão as coisas?”. Estavam todos curiosos pelo resultado e pela forma como os candidatos e apoiadores reagiriam à decisão.
Dentro do local da pré-convenção, a maioria conversava entre si. Poucos se arriscavam a ficar de conversa com um ou outro candidato. Talvez para não correr o risco de deixar evidente possível apoio a um dos dois concorrentes à vaga de pré-candidato a prefeito do PMDB. A votação secreta começou às 18h. E às 19h40, todos já haviam depositado as cédulas nas urnas. Após a contagem, o resultado foi anunciado para todos que estavam no Lions. Tão logo soube da derrota, Valério deixou o local. Elmis permaneceu, mas sem comemorações.
FOCO NA PREFEITURA
Na saída, o atual prefeito, que antes havia se declarado confiante, concedeu entrevista ao DAQUI e informou que irá focar no trabalho dos últimos meses do mandato. Questionado se após a decepção com o resultado irá trabalhar nas eleições para o PMDB, Valério não disse que sim e nem negou. “Eu tenho que administrar o Município de Tijucas até o dia 31 de dezembro. Vou fazer o possível para manter a ordem, com ética, com postura, seriedade... Cumprir o mandato que o povo me confiou. Vou trabalhar pelo Município e pelo povo de Tijucas”, afirma.
QUER O APOIO
Elmis, por outro lado, diz que o resultado com 14 votos de diferença foi reflexo do que os membros do diretório do partido ouvem nas ruas. “Os convencionais ouviram o sentimento da população, que pede para que a gente seja candidato. A decisão deles foi por essa linha, não por questão pessoal contra o Valério ou a favor do Elmis”, analisa.
Para unificar o PMDB após disputa interna, ele acredita que é questão de tempo. “Nosso partido é grande, por isso tem divergências em certos momentos”, comenta. Perguntado sobre uma possível conversa para pedir o apoio e participação de Valério no pleito eleitoral, Elmis diz que vai esperar a poeira baixar. “Isso é uma tendência natural. Ele é partidário, eu também sou. Ele sabe o meu empenho quando ele foi candidato, quanto que a gente trabalhou. Claro que tem que esperar acalmar os ânimos”, conclui.
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