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22 de Abril de 2016 - 17:55:57

Quase sete décadas da fundação do Tiradentes

Clube surgiu para unir tijucanos, independente da sigla partidária, numa década em que a separação política era muito intensa
 
 
Quase sete décadas da fundação do Tiradentes

“Qualquer tempo livre ele atravessava a rua e ia para o Tiradentes”

 

BÁRBARA PORTO

[email protected]

 

A separação por vínculo político, em Tijucas, teve períodos de muita intensidade. Nem o lazer escapava da polarização. Pela década de 1940, existiam dois principais clubes de festas com estádio de futebol. E eles eram ligados a siglas partidárias – o 4 de Maio, dirigido por integrantes da UDN (União Democrática Nacional), e o Aliança, ligado ao PSD (Partido Social Democrático). Para entrar em um destes clubes, era preciso ter ligação política com os respectivos partidos. E foi para integrar membros das duas agremiações que João Bayer resolveu criar um novo clube, fundado em 21 de abril de 1947, levando o nome do herói nacional celebrado na data: Tiradentes.

Na rua Florianópolis, quase de frente para o estádio, mora a professora aposentada Vanda Krunscinski Souza, 83 anos, viúva do conhecido Zé João, um apaixonado pelo futebol. Ela lembra que o envolvimento do marido com os movimentos esportivos em Tijucas começou quando ele tinha apenas 16 anos. Do Tiradentes, fez parte da primeira diretoria, antes mesmo de atingir a maioridade.

Todos os quatro filhos homens de José João Souza, assim como o pai, já foram envolvidos de alguma maneira com o Tiradentes. Evandro e Flávio jogaram no time. João Batista, além de jogador, foi técnico por um pequeno período. E Edson era presidente da Mancha Azul, torcida organizada do azulão.  “O pai deles amava aquilo lá, qualquer tempo livre ele atravessava a rua e ia para o Tiradentes. Meus filhos cresceram vendo essa dedicação”, recorda dona Vanda.

Em 1996, com 65 anos, seu Zé João parou de participar dos movimento esportivos de Tijucas, devido a complicações de saúde. Faleceu 10 anos depois. Hoje restam mais do que fotografias. A arquibancada do estádio do Tiradentes leva o nome dele, uma homenagem feito ao vizinho, em 2010. 

DO INÍCIO À FALÊNCIA

No começo o Tiradentes não passava de um campo aberto com marcações no gramado e duas traves. Para arrecadar dinheiro e conseguir ir, aos poucos, construindo muros, arquibancada, vestiários, bom gramado e outras melhorias no estádio, a diretoria fazia rifas e cobrava as entradas. Como o espaço era aberto, ficava difícil ter controle de quem pagava. Então se distribuíam alfinetes com fitas azuis e brancas para os pagantes colocarem em suas roupas. Aos poucos, a estrutura foi tomando forma, até chegar nos dias de hoje, 69 anos depois.

O Tiradentes chegou a ter time atuante no cenário do futebol amador da região, onde colecionou títulos. Em 1985, foi campeão da antiga Liga de Brusque e conquistou o direito de disputar a segunda divisão do Campeonato Catarinense de Futebol. Seguiu este caminho que, na avaliação de muitos, foi o motivo de, anos depois, ter ido à falência. Em 2004, a equipe encerrou todas as atividades. Dívidas geradas pelas ações trabalhistas de ex-funcionários e altas despesas do clube – seja com o pagamento de jogadores, materiais esportivos ou manutenção do estádio – impediram que a equipe continuasse a jornada pelos gramados.

 

 

 

 

 

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