Aulas de arte marcial são custeadas com recursos do FIA
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Você sabia que é possível acertar as contas com a Receita Federal e ainda fazer o bem? Qualquer contribuinte pode destinar parte do Imposto de Renda devido para projetos sociais. Isso pode ser feito por qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha algo a pagar para o leão. O dinheiro, no caso, vai para o Fundo para Infância e Adolescência (FIA) do município.
Em Tijucas, com a arrecadação do ano passado, vários projetos sociais voltados para a garotada já são desenvolvidos. Um deles, que começou este ano e promete revelar bons atletas para competir no estado, é de aulas de Hapkido – uma arte marcial coreana especializada em defesa pessoal e aprendizado de técnicas de socos, chutes, rolamentos, escapes, esquivas, torções, técnicas de alongamento e respiração.
Sob o comando do mestre Antônio Miranda, mais de 70 adolescentes já participam das aulas de Hapkido, totalmente gratuitas. O foco principal é atender àqueles que tenham tempo ocioso e que vivam em situação de risco social. Mas é aberto a quem queira participar. “Nossa meta é atender 200 alunos messe projeto até o fim do ano”, salienta o mestre. Para se inscrever, basta passar no Centro Assistencial Espírito Santo (Caes), ao lado do HSBC, a partir das 8h30.
Mestre Antônio vê potencial nos alunos que já estão inseridos no projeto. Ele, inclusive, deve preparar alguns para disputarem o Campeonato Catarinense de Hapkido. “Eles são bons, são fortes. Todos determinados. E o melhor é ver que o número de participantes só aumenta”, destaca, empolgado com o progresso dos aprendizes.
QUEREM AMPLIAR
Além das aulas de Hapkido, em Tijucas também são desenvolvidos outros projetos para a garotada: Banda Marcial, Rádio na Escola, Cuidando do Cuidador, Diagnóstico de Tijucas e o ECA na Escola. De acordo com a presidente do Conselho Municipal da Criança e Adolescente, Rosely Steil, a meta para a arrecadação do FIA deste ano é conseguir manter os projetos e, ainda, ampliar em 2017.
O FIA é um aporte de recursos financeiros para atender as políticas públicas voltadas a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Não há custos para quem está doando, já que é descontado do valor a ser pago à Receita Federal. “Não sai do bolso de ninguém, apenas faz essa troca: ao invés de deixar o leão levar tudo, fica um pouco do dinheiro aqui na cidade para ajudar as crianças e os adolescentes”, argumenta Rosely.
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