Em cinco anos casada, Josi nunca tinha sido agredida pelo marido
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Josi Maria, 30 anos, moradora da comunidade Imacol, em Tijucas, estava casada havia cinco anos. Diz nunca ter sofrido qualquer agressão do marido, que é motorista numa empresa de transportes daqui. Mas, no final de semana, ele a espancou com tantos socos, que a deixou irreconhecível. As agressões só teriam parado quando desmaiou. Josi acredita que ele parou de bater por achar que ela estivesse morta. Depois, o marido pegou o carro, colocou as duas filhas – uma de 4 e outra de dois anos de idade – e fugiu.
Quando conseguiu pedir ajuda, Josi foi levada ao hospital de Tijucas por vizinhos. Além dos hematomas, foi confirmada uma fratura no maxilar. “Até agora eu não entendi o que aconteceu, estou tentando entender. Nós estávamos num momento difícil do relacionamento, mas estávamos tentando fazer dar certo de novo. Tanto que naquela noite estava esperando ele chegar para a gente sair”, conta. O espancamento aconteceu na noite de sábado, na residência do casal.
Ela não acredita que o marido estivesse sob efeito de álcool ou drogas. Diz que ele não tinha vícios. “Eu não esperava aquela agressividade. Sinceramente, acho que ele só parou de bater porque achou que eu tinha morrido. Ele me arrastou pelos cabelos por toda a casa e depois me trancou no quarto”, recorda. Depois que saiu do hospital, Josi não tinha dinheiro sequer para comprar os medicamentos. Segundo ela, o marido levou todos os documentos e cartões de crédito dela.
BUSCA PELAS FILHAS
“Só quero lutar para trazer minhas filhas de volta!”, garante. De acordo com Josi, quando ela foi registrar o boletim de ocorrência pela agressão, descobriu que o marido já havia feito o mesmo em outra delegacia, alegando que ela o estava ameaçando. Agora, aguarda que o juiz confirme o pedido de medida protetiva e que a polícia localize o paradeiro das filhas para que cumpra a determinação de que as meninas voltem para casa.
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