Difícil um menino que não tenha o sonho de, quando crescer, ser um jogador de futebol. Poucos lutam para que isto vire realidade. Mateus de Almeida Vargas é exemplo. Hoje, aos 14 anos, é um dos atletas das categorias de base do Clube Atlético Mineiro. Só vem para Tijucas, agora, duas vezes no ano, quando é dispensado para visitar a família. “No começo era muito difícil. Eu chorava bastante. Mas sei que é o sacrifício pelo meu sonho”, comenta Mateuzinho, que há quase dois anos treina em Minas Gerais, no Galo.
Apesar de ser natural de Ponta Porã/MS, a família de Mateuzinho veio para Tijucas há 11 anos. Foi aqui que, ainda muito pequeno, já deixava os carrinhos de lado para brincar de bola. E com seis anos começou a treinar na Adec – apesar de ser mais novo que os outros meninos. Ali começaram as competições e, na época como atacante, os gols.
Não demorou para que as portas começassem a se abrir. Aos 10 anos, foi para o Avaí, onde treinou por dois anos. E foi no clube de Florianópolis que um observador técnico do Atlético Mineiro o viu e logo convidou para ir fazer os testes no Galo. “No começo eu era atacante, mas no Avaí mesmo já fui para a lateral e gostei. No Atlético já fiz o teste para lateral. Depois da mudança eu me atrapalhava, porque só queria atacar. Mas hoje essa vontade ofensiva me ajuda”, analisa.
A BUSCA DO SONHO
Antes de mudar para Minas Gerais, os pais de Mateuzinho – que é o filho mais velho entre três irmãos – dizem que ele não dormia nem na casa dos avós. Era muito apegado. Mas o objetivo de conseguir ser jogador profissional fez com que superasse. “Hoje já me adaptei melhor, apesar que sempre bate saudade. Minha sorte é que meus pais sempre me apoiaram, senão, seria muito mais difícil”, acredita.
BOM DE BOLA
Pelos gramados de Tijucas, a última competição de Mateuzinho foi o Moleque Bom de Bola, em 2013. O torneio entre as escolas aconteceu às vésperas da ida dele para o Atlético Mineiro. Pela escola estadual Deputado Valério Gomes, o menino marcou seis gols em quatro jogos. Foi destaque em campo e ajudou a levar a taça para o colégio da Praça. “Desde criança eu sempre quis ser jogador. Não me imagino fazendo outra coisa, meu foco foi sempre o futebol”, garante.
|