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Além de Pablo, adolescente chegou a ser preso, mas foi liberado
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Em menos de 24 horas após o crime, a polícia já havia capturado o suspeito e conseguido a confissão. Pablo Diogo Antunes de Oliveira, 18 anos, admitiu ter assassinado o cabeleireiro Rildo Benevenute, 42 anos, com quem mantinha um relacionamento. Moravam juntos. Após uma discussão entre o casal, Pablo passou a navalha no pescoço de Rildo por três vezes. Depois, teve a calma de limpar a casa, enrolar o corpo num cobertor, amarrar e ir atrás de um amigo para ajudar a retirar a vítima da casa, no bairro Joaia, em Tijucas. O amigo seria o adolescente que também foi detido, mas que foi liberado em seguida. Tudo na sexta-feira.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Rodrigo Andrade, na conclusão do inquérito o crime foi considerado latrocínio – que é o roubo seguido de morte -, pelo caso também envolver dinheiro e o autor ter fugido com o carro da vítima. Mesmo que a motivação, conforme a confissão de Pablo, tenha sido uma briga do casal.
O corpo de Rildo foi encontrado na manhã de sexta-feira. Um vizinho teria visto Pablo sair com o carro do cabeleireiro e estranhado o comportamento do rapaz, que tinha inclusive aberto o porta-malas (momento em que teriam desistido de colocar o corpo). Logo depois, usando uma janela da lateral da casa, que estava aberta, conseguiram entrar e achar Rildo enrolado a um cobertor e amarrado. Chamaram a polícia.
Depois, já durante o tumulto, Pablo ainda chegou na frente da casa, caminhando. Perguntou por Rildo, alegando que estava tentando contato com o cabeleireiro e não recebia resposta. Logo foi embora. “Por duas vezes ele retornou ao local após o assassinato: uma para tentar se livrar do corpo com a ajuda do adolescente e outra para ver como estava o andamento das coisas”, ressalta o delegado.
Antes que chegue o laudo cadavérico, não há como assegurar se houve ou não uma briga entre os dois antes de Pablo matar Rildo. Segundo Rodrigo, foram três cortes profundos no pescoço do cabeleireiro. “Não vamos divulgar detalhes do que motivou o desentendimento por ser algo muito pessoal. No depoimento, ele estava bem tranquilo, sem demonstrar arrependimento. Parecia bastante frio”, salienta o delegado. Pablo foi levado para o Presídio Regional de Tijucas.
TERCEIRO HOMICÍDIO
Em menos de dois meses, este já foi o terceiro homicídio registrado em 2016, em Tijucas. Teve solução rápida e com prisão em flagrante, principalmente porque a polícia logo suspeitou de Pablo. Os outros dois casos continuam sendo investigados: um latrocínio em que o gerente de um posto de gasolina foi assassinado, no bairro Morretes, e um jovem que foi esfaqueado até a morte, na praia de Tijucas.
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