Prefeitura de Itapema afirma: “mancha do rio Perequê vem de Porto Belo”
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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Num sobrevoo pelo nosso litoral, no domingo pela manhã, Silvano Silva avistou uma mancha escura no mar, vindo da foz do rio Perequê. Fotografou e postou numa rede social, colocando na legenda que achava “lamentável ver a bela Costa Esmeralda manchada”. A imagem teve mais de 900 compartilhamentos e acendeu a discussão sobre as possíveis causas da mancha escura entre as águas de Porto Belo e Itapema.
A prefeitura de Porto Belo logo emitiu nota oficial em que garantiu estar tomando as medidas cabíveis para averiguar a origem da sujeira e punir os responsáveis. “No final da tarde de domingo foram acionadas as equipes de vigilância sanitária, bombeiros e Fatma (Fundação do Meio Ambiente) de Santa Catarina”, assegurou, por meio da nota, informando que a praia seria interditada, caso necessário. A prefeitura comentou que além da foz do rio, seria fiscalizada a estação de tratamento da Companhia Nacional Saneamento (Conasa), em Itapema. E relembrou que em 2013 a empresa foi multada pela Fatma por ter derramado esgoto sem tratamento no rio Perequê.
Por outro lado, a prefeitura de Itapema logo soltou nota jogando a responsabilidade para a cidade vizinha, com o título: “Mancha do rio Perequê vem de Porto Belo”. Informaram que, por meio da Fundação Ambiental Área Costeira de Itapema (Faaci), estão acompanhando todos os desdobramentos da mancha negra. Na segunda-feira, o prefeito Rodrigo Bolinha acompanhou as vistorias feitas em todo o rio Perequê e as coletas realizadas pela Fatma e pela empresa contratada pela Faaci para análise da água.
NÃO É ESGOTO
Após análise da amostra recolhida pela Fatma (no rio e nas praias de Porto Belo e Itapema), o órgão ambiental constatou que não houve alteração dos índices de coliformes fecais, que confirmaria que a mancha não foi causada por esgoto. A Fatma atestou que a balneabilidade do local se manteve a mesma das últimas semanas: a região da foz do rio Perequê continua imprópria para banho.
IMPACTO NO TURISMO
Por conta da grande repercussão do assunto e principalmente por ter sido levantada a possibilidade de que a praia estaria recebendo esgoto, o movimento na região foi colocado em xeque. A reportagem do DAQUI fez contato com o presidente da Fundação Municipal de Turismo de Porto Belo, Claudio Souza, para saber o impacto que a “mancha negra” estaria causando aos equipamentos turísticos da região. No entanto, ele não quis comentar o assunto. “Não quero me manifestar antes que saiam todos os laudos para saber as causas”, argumentou.
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