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10 de Dezembro de 2015 - 16:15:20

Três vereadores presos na Operação Iceberg

Além dos parlamentares de Tijucas, quatro empresários de Curitiba também foram detidos pela polícia na mesma ação
 
 

 Há três meses, Deic apreendeu documentos na Câmara de Vereadores

 

CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA

[email protected]

 

Três vereadores de Tijucas foram presos pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) ontem, pela manhã. O atual presidente do Legislativo, Eder Muraro (DEM), e os dois últimos presidentes, Luiz Rogério da Silva (PMDB) e Sérgio Murilo Cordeiro (PMDB). Eles são investigados por serem os responsáveis pela liberação do pagamento de diárias para funcionários e parlamentares fazerem cursos, que são suspeitos de não existirem, em Curitiba. Além deles, quatro empresários da capital paranaense também foram detidos. O prejuízo aos cofres públicos estimado pela polícia é de mais de R$ 500 mil.

De acordo com o delegado Adriano Bini, eles foram detidos em prisão temporária de cinco dias – que pode ser estendida por mais cinco dias, ampliada com o pedido de prisão preventiva ou, caso seja de entendimento do delegado responsável pelo caso, Walter Watanabe, da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público (DCCPP), ser revogada. “O responsável pela condução da investigação colheu depoimentos e a permanência deles na prisão vai depender do entendimento do delegado”, salienta.

Ontem mesmo o advogado de Serginho e Eder, Márcio Rosa, adiantou que Watanabe decidiu pela manutenção da prisão temporária, ou seja, que eles permanecem presos pelos cinco dias. No entanto, estava entrando na Justiça para pedir a soltura dos clientes. “Eles já deram o depoimento pela manhã. Essa prisão temporária foi desnecessária porque eles sempre contribuíram com a Operação Iceberg, nunca obstruíram nada”, ressalta o advogado.

Segundo Márcio, ele entrou ontem mesmo com o pedido de revogação da prisão temporária na Comarca de Tijucas e, caso não conseguisse soltar os clientes, entraria com pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça. “Não tem motivo para os manter presos. Tenho provas materiais de que eles participaram dos cursos. Essa vai ser minha defesa”, adianta. Já Rogerinho é representado por outro advogado, Hélio Brasil. No entanto, a reportagem do DAQUI não conseguiu contato com o defensor do parlamentar.

OUTRAS ETAPAS

Em agosto deste ano, um ex-chefe de gabinete da Câmara de Vereadores havia sido preso temporariamente pela Deic. Na ocasião, ainda sem divulgar detalhes, a polícia informou que a medida fazia parte de uma operação intitulada Iceberg, que investigaria vereadores e servidores da cidade. Em setembro, outra prisão. E cinco parlamentares e três servidores da Câmara foram intimados a depor. Onde estariam as suspeitas de irregularidades? No pagamento de diárias.

Antes que a polícia tivesse dado sequência à operação Iceberg e sem que tivesse sido divulgado o que estava sendo investigado pela Deic, na época, o DAQUI trouxe reportagem em que informava que o Ministério Público havia instaurado inquérito para apurar a situação das diárias pagas a vereadores de servidores do Legislativo. De janeiro do ano passado até agosto deste ano, foram liberados quase meio milhão de reais para custear viagens. Somente nos oito primeiros meses deste ano, foram gastos R$ 230 mil entre diárias e passagens aéreas, conforme consta no Portal da Transparência do Município.

Também em setembro, quando um diretor da Câmara foi preso temporariamente, foram cumpridos mandados na Câmara e num estabelecimento em Curitiba, onde estariam sendo realizados os cursos. Foram apreendidos computadores, celulares, balancetes contábeis e certificados. As investigações estão sendo realizadas pela da Deic há aproximadamente um ano. A operação recebeu o nome de Iceberg em razão da suspeita de outros servidores e vereadores estarem relacionados com as condutas criminosas.

PRINCIPAL DESTINO

A viagem que foi feita com mais frequência pelos parlamentares – como também por parte dos funcionários do Legislativo – foi para o Paraná. Iam até a capital fazer cursos e, para cada ida, recebiam a diária de R$ 2.640,00. Este ano, por exemplo, de 33 viagens feitas pelos vereadores para fora de Santa Catarina, 31 foram para fazer treinamento em Curitiba. 

 

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