Apesar do momento delicado, prefeito diz que não pretende demitir funcionários
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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O Dinossauro de Tijucas estava acostumado a passar a virada de ano acompanhado por milhares de pessoas. Este ano, vai ficar solitário. O prefeito Valério Tomazi (PMDB) anunciou ontem o cancelamento do Réveillon Popular da cidade, que nos últimos seis anos trazia, além de atrações musicais, 15 minutos de queima de fogos. A economia estimada é de R$ 150 mil.
Durante coletiva de imprensa, Valério salientou que todos os municípios estão passando por momento delicado com a falta de recursos que deixaram de ser repassados este ano. E, por conta disso, considerou que o gasto com a festa de Ano Novo seria desnecessário. “Temos que suspender o que não vai fazer falta para nós. O Réveillon é festa popular, mas podemos viver sem”, destaca o prefeito.
Valério ainda ressalta que o dinheiro gasto para fazer o evento de final de ano é todo dos cofres públicos do município, sem ajuda de custos da classe empresarial. “O dinheiro que gastaríamos no Réveillon vai fazer falta na saúde, no transporte, num remédio... Não é porque a prefeitura está quebrada, mas o momento urge responsabilidade”, assegura o prefeito. Por outro lado, ele diz que a programação de natal está mantida.
O RESTO TEM!
Questionado sobre a possibilidade de cancelamento de eventos tradicionais na cidade, como as Olimpíadas Tijuquense ou o Carnaval Popular, que acontecem no início do ano, Valério diz que não há mudanças no calendário de 2016. “Os eventos do ano que vem, a princípio, estão todos mantidos. Não há qualquer previsão de deixar de fazer isso ou aquilo. Sempre com o pé no chão”, afirma.
SEM DEMISSÕES
A orientação para os municípios, segundo Valério, é a de fazerem ações para reduzir despesas que não impactem no atendimento à população. “Desde 10 de agosto reduzimos nosso horário de trabalho, reduzindo luz, telefone, energia, transporte, cafezinho... Não que antes estivesse jogando fora”, comenta. O prefeito diz que a intenção é fazer de tudo para que não precise fazer cortes na equipe, como aconteceu em prefeituras de outras cidades. “Não optamos por demissões até a presente data e nem temos intenção ou vontade de fazer isso”, garante.
VAI ATRASAR
Ainda no balanço dos cofres públicos do município, o prefeito destacou as obras da rede de esgoto que teriam, segundo ele, um gasto de R$ 10 milhões bancados pela prefeitura como contrapartida. “É uma obra caríssima e que traz desconforto. Em virtude das chuvas, não deve ficar pronto no mês que vem”, conta. Ele diz que a expectativa é de que tudo fique pronto no começo do ano e seja colocado em funcionamento em fevereiro.
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