Era para ser apenas uma operação de rotina da Receita Federal numa papelaria, no centro de Tijucas. No entanto, a fiscalização da última sexta-feira resultou na apreensão de produtos supostamente irregulares. Cerca de R$ 20 mil em mercadorias foram recolhidas. O caso deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF). Mas o proprietário do estabelecimento nega que tenha sido encontrada qualquer irregularidade.
Segundo o inspetor chefe da Receita Federal em Florianópolis, Marco Antônio Franco, operações como estas são normais. A intenção é combater a comercialização de mercadoras estrangeiras irregulares. “Neste caso da papelaria, fizemos um levantamento de informações para identificar indícios. E acabamos apreendendo diversas mercadorias, principalmente perfumes. O valor estimado é algo em torno de R$ 20 mil”, relatou o inspetor da Receita Federal.
Franco explica que, neste caso, os responsáveis pelo estabelecimento têm prazo para apresentar a documentação dos produtos. Caso contrário, a apreensão será definitiva. “Depois, cabe à Receita comunicar ao MPF, para que decidam se vão levar o caso à Justiça. Em princípio, há crime de descaminho”, explicou. O inspetor ainda ressalta que operações semelhantes a esta são permanentes e que, a qualquer momento, outras lojas de Tijucas podem receber a visita da fiscalização.
POR OUTRO LADO...
Ao contrário de todas as informações repassadas pela Receita Federal, o proprietário da Papel & Cartão Papelaria, Luciano Spengler, nega que a operação da Receita Federal tenha resultado em mercadorias recolhidas. “Não teve apreensão nenhuma. Foi só uma visita de rotina. Até porque tudo tem nota fiscal”, resumiu Spengler – que além de empresário, é presidente da Câmara de Dirigente Lojistas (CDL), de Tijucas.
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