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Raio-X
Narbal Andriani Junior
41 anos
Narbalzinho é de Tijucas e pedala desde os 17 anos. Na viagem de estreia foi do Brasil até o Peru, numa trip de mais de oito mil quilômetros. Não parou mais. Descobriu as belezas e peculiaridades de 63 países sobre duas rodas. Foi um dos escolhidos, entre milhares de atletas, para levar a Tocha Olímpica quando ela passar por Santa Catarina.
Ana Maria Veiga
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Pedalando por um sonho
Narbal já percorreu 63 países sobre duas rodas; Tijucano é um dos escolhidos para levar a Tocha Olímpica no ano que vem.
O gosto pela aventura herdou do pai, que percorria o Brasil de carro na década de 70. Quando começou a pedalar, aos 17 anos, se apaixonou pela sensação de liberdade. Narbal Andriani Júnior, o Narbalzinho, foi um dos percussores do ecociclismo no Brasil. Hoje, o tijucano é reconhecido e recebeu prêmios nacionais. Foi um dos escolhidos para levar a Tocha Olímpica, que passará por 300 cidades brasileiras em 2016.
Sobre duas rodas, Narbal já conheceu 63 países. As viagens são sempre feitas por caminhos secundários e com baixo custo. Na bagagem, Narbalzinho leva apenas o necessário. “Levo uma barraca para dormir, o básico para me virar. Busco conhecer a cultura de cada país. Nas viagens de avião, você não descobre as peculiaridades do lugar”, afirma.
Uma das últimas aventuras, que rendeu um documentário que deve ser lançado em breve, Narbal e a esposa Christiane, desbravaram aldeias indígenas da América Latina. O casal percorreu 15 mil quilômetros entre Minas Gerais e o México. “Além de conhecer os índios, deixamos aflorar o índio que existe dentro de nós”, conta.
A aventura rendeu notoriedade a Narbal. O ciclista ganhou, ao lado do surfista Gabriel Medina, o prêmio Outsiders 2015, que é dado todos os anos a 10 atletas brasileiros. Agora, o atleta de Tijucas teve outra boa surpresa. “Fui um dos selecionados para levar a tocha dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Vai ser uma emoção, um sonho”, afirma.
Chama Olímpica atravessa o Brasil
A Chama Olímpica é acesa na Grécia, berço dos Jogos Olímpicos, por raios de sol. Chegando no Brasil, ela é mantida acessa por 100 dias, que é a duração do revezamento da Tocha Olímpica RIO 2016. Ela passará por 300 cidades brasileiras e será carregada por pessoas com histórias inspiradoras. A chama atravessa o Brasil até chegar no Maracanã no início dos Jogos.
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