Guarda-chuva foi acessório indispensável durante o feriado.
CLÁUDIO EDUARDO DE SOUZA
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O clima pareceu se adaptar ao sentimento das pessoas no feriado de Finados. O céu estava tão nublado quanto a sensação de muitos que, na última segunda-feira, compareceram aos cemitérios da região para prestar homenagens a parentes e amigos que já se foram. Em contraste às flores espalhadas pelos túmulos, foi um dia cinza – da cor da saudade.
Com o chove e para de segunda-feira, difícil a vela que ficava por muito tempo acesa. Entre uma lápide e outra, as pessoas circulavam protegidas com guarda-chuva. E há quem garanta que o movimento pelo cemitério foi muito menor que nos anos anteriores. “O mau tempo atrapalhou bastante. Sem chuva, sempre dava bastante gente, mas esse ano está difícil”, ressalta Zequinha da Cocada, que há sete anos coloca barraquinha na frente do cemitério para vender pipoca, cocada ou churros.
A auxiliar de limpeza Olga Migieski, 54 anos, não tem nenhum parente enterrado no Cemitério Municipal de Tijucas. Veio para a cidade há seis anos, quando os filhos conseguiram emprego por aqui. Os resto da família continuou no Paraná. “É muito longe e difícil para eu ir lá prestar alguma homenagem no Finados, então venho no cemitério acender velas na cruz grande para lembrar dos que já se foram”, comenta Olga. Ela foi uma das tantas pessoas que usam da Cruz das Almas para homenagear, à distância, entes que já partiram.
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