Começou a dança das cadeiras na prefeitura de Tijucas. Poucas secretarias deverão continuar como estão. Fora três mudanças que já ocorreram mês passado, outras sete pastas do alto escalão do governo municipal deverão ter trocas no comando. “A intenção é chacoalhar a administração, fazer um trabalho mais intenso que nos outros dois anos”, argumenta o prefeito Valério Tomazi (PMDB).
A mudança mais imediata é a da secretaria da Saúde. Luiz Rogério da Silva, o Rogerinho (PMDB), sai da Câmara de Vereadores para ocupar o lugar de Rosicler Furtado. “A minha primeira opção era o Serginho [vereador Sérgio Murilo Cordeiro (PMDB)]. Mas assim que ele declinou do convite, conversei com o Rogerinho e ele aceitou”, conta o prefeito.
Mas esta mudança gerou outra. Rogerinho leva para a equipe da Saúde a, ainda, secretária de Cultura, Juventude e Direitos Humanos, Adriana Porto Faria. “Ela vai ficar na Cultura até fechar o mês. Eu até tenho um nome para substituir, mas ainda não conversei com a pessoa. Te confesso que essa mudança não estava nos meus planos”, revela.
Ainda neste efeito cascata, a saída de Rogerinho da Câmara vai deixar uma cadeira vaga no Legislativo. E quem deve assumir é o suplente Oscar Luiz Lopes (PMDB), que hoje comanda a Fundação Municipal de Esportes (FME). Tomazi diz que a ida de Oscar para a Câmara deverá ser imediata – mesmo com a 12ª edição das Olimpíadas Tijuquense acontecendo na cidade. Quanto ao substituto para a FME, o prefeito faz mistério.
OUTRAS MUDANÇAS
A chefia de gabinete do prefeito estava vaga. Mas ele já decidiu que vai tirar Lélia Campos Oliveira da secretaria de Administração para assumir o posto. No lugar dela entra Michele Peixer – que até então era a diretora de Controle Interno (pasta que fica, por enquanto, sem nome definido). Por fim, o prefeito acredita que mês que vem deverá sair a confirmação se Nelson Zunino Duarte deixará mesmo o cargo de secretário de Indústria, Comércio e Turismo para o vereador Jean Carlos dos Santos (PSC) assumir.
“Gastar com saúde não é investimento”
A troca nas secretarias ecoou pelos microfones da Câmara de Vereadores. Na sessão da última quinta-feira, durante o uso na tribuna, Serginho justificou ter recusado o convite para ser o secretário de Saúde. Ele garantiu que ter dito “não” à proposta não significa que teria medo de ocupar o cargo, o que já fez em outras gestões. “Eu não aceitei porque o prefeito não vai mudar a forma de ver a saúde”, ponderou.
Ainda no microfone, Serginho – que é da bancada governista – foi mais enfático nas críticas a Tomazi. E deu um recado ao novo secretário. “Já se prepara, Rogerinho. Porque o prefeito acha que gastar com saúde não é investimento”, soltou. Tomazi diz que nem soube dos ataques do correligionário. “Nem ouvi o que ele falou. Mas ele tem liberdade e eu respeito a independência dos poderes”, resumiu o prefeito.
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