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01 de Outubro de 2015 - 10:08:43

“Tijucas tem dificuldade em aceitar as deficiências”

De acordo com a presidente da instituição, Cláudia Buchelle, muitos pais não querem admitir as deficiências dos filhos
 
 
“Tijucas tem dificuldade em aceitar as deficiências”

Raio X
Claudia Raitz Buchelle
Carreira: Cláudia é formada em Serviço
Social e tem especialização em Gestão Pública.
Ela foi durante décadas voluntária da Apae.
No ano passado, assumiu como diretora da instituição.

 

A APAE de Tijucas atente quantos alunos hoje?

Nós iniciamos o ano de 2014 com 87 alunos matriculados e em 2015 iniciamos com 127 alunos matriculados. Foi uma ampliação de atendimento de praticamente 50%.

 

Então há um crescimento na procura de novos alunos...

A nossa cidade tem dificuldade de aceitar as deficiências. Tanto a gestão pública, quanto as pessoas da nossa comunidade tem essa dificuldade. Então elas tentam evitar o máximo possível matricular os filhos na APAE. Porque matricular na APAE seria aceitar e admitir a deficiência. É um problema que acarreta um problema muito grande no desenvolvimento das pessoas com deficiência. Ele também identifica o preconceito da sociedade. Mas como relação à ampliação da APAE é uma proposta que já vem da última diretoria. Queremos garantir o atendimento de qualidade a todas as pessoas com deficiência intelectual da cidade. A gente fez uma campanha de reestruturação do prédio e quadro funcional, dos atendimentos de saúde e clínico e do quadro pedagógico. Com isso, naturalmente, o Município percebeu o nosso empenho e acabou que as escolas orientavam as famílias a procurarem a APAE. Por conta disso, fomos absorvendo essa demanda.

 

A APAE chega a assumir a responsabilidade pedagógica em certos casos?

Muitos pais enxergam a APAE como um braço da Secretaria de Educação. E na verdade não é. Quem alfabetiza a criança com deficiência ou não é o Município e o Estado. A APAE não tem esse compromisso. Mas temos o compromisso de ampliar a qualidade de vida da pessoa com deficiência. A pessoa precisa frequentar a aula normal, já que a proposta do Brasil é a educação inclusiva. Ela deve se manter na escola na fase educacional, até o Ensino Médio e paralelamente à isso, ter o atendimento especializado. Que é o que oferecemos, o reforço pedagógico, as oficinas terapêuticas, a preparação para o mercado de trabalho. A nossa maior dificuldade hoje é a questão familiar. As famílias não entendem que apesar da deficiência, a pessoa tem capacidades. E essa capacidade pode ser aproveitada para o mercado de trabalho.

 

A APAE, como uma associação sem fins lucrativos, tem encontrado dificuldades para se manter?

Meu maior desafio é a questão financeira. O país tem passado por um revés financeiro, que acontece de tempos em tempos. A gente tinha alguns contribuintes que participavam frequentemente doando combustível para o transporte gratuito dos veículos, dois parceiros cancelaram a contribuição por conta da situação financeira da sua empresa. Nós temos percebidos que os próprios associados, que pagam mensalmente o boleto de R$ 15, tem encontrado dificuldades para cumprirem mensalmente. Os editais públicos para captação de recursos estão cada vez mais raros. Hoje nós temos 42 funcionários, sendo que desses, 18 são emprestados do Estado. Na semana passado o Estado divulgou que não queria mais fornecer o professor, não mandou o edital ser publicado. Ficamos muito nervosos porque nós entendemos que a APAE não precisa só de dinheiro, precisa de qualificação profissional. Responsabilizar a APAE pela contratação de 18 professores, com salários altos, não seria prudente com o orçamento da instituição. A questão foi resolvida temporariamente. Por um ano, o governador do Estado se comprometeu em manter a parceria.

 

Quem quiser contribuir com a APAE, como pode fazer?

Muitos empresários e pessoas físicas ainda colaboram. Como o movimento Apaeano é um movimento de 60 anos no Brasil, a credibilidade é inegável. Então quando uma pessoa passa por um revés na vida e resolve fazer uma promessa, por exemplo, muitas vezes ajuda a APAE. Porque ela sabe que vai ser efetivo aquele investimento. Você pode contribuir com qualquer valor através da conta de água. O SAMAE transfere para nós todo dia 05 e é uma parceria muito importante. Nós também temos a opção da pessoa se tornar sócio da APAE, ou seja, ele contribui mensalmente com R$ 15 e pode votar e ser votado numa assembleia de eleição de diretoria. Sem falar de doações espontâneas. Tudo é bem-vindo. 

 

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