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17 de Setembro de 2015 - 09:18:23

“Não podemos obrigar essas pessoas a irem embora”

Secretária afirma que o município oferece condições para que o morador de rua volte para cidade natal, mas que nem sempre tem êxito.
 
 
“Não podemos obrigar essas pessoas a irem embora”

Sheila Dias
Idade: 43 anos
Carreira: Durante 18 anos atuou como professora, em Tijucas.
Foi coordenadora do ensino infantil, no antigo colégio CNEC.
Entrou na prefeitura municipal em 2002, como professora.
Em 2005 coordenou o PET (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil),
2007 ocupou o cargo de diretora do colégio Ondina Maria Dias
e em 2009 assumiu a Secretaria de Assistência Social,
onde completa seu segundo mandato como secretária.

A Secretaria de Assistência Social, Sheila Dias, fala sobre a situação da pasta. Ela afirma que, com o aumento da população do município, também aumentam os problemas e as pessoas que precisam de auxílio da Secretaria. Segundo ela, tem crescido o número de pedidos para o cadastramento no Bolsa Família. Ela também fala sobre a situação dos moradores de rua.

Como funciona a Secretaria de Assistência Social?

A Secretaria de Assistência Social é uma política pública, que atua na garantia e defesa dos direitos de crianças, adolescentes, idosos e qualquer outra pessoa que se sinta, de alguma maneira, violada. Nós temos uma demanda muito grande. E quanto mais o município cresce mais a demanda aumenta. Trabalhamos com vários programas junto à comunidade, os mais procurados são os de benefícios eventuais, que são concedidos a população, como a cesta básica, auxílio funeral, auxílio passagem para moradores de rua e também o auxílio natalidade. Desde que eu entrei aqui eu percebo que a demanda desses benefícios têm aumentado. Um crescimento muito grande também de pedidos para inclusão no cadastro único, e para o recebimento de bolsa família.

 

Quais são os principais projetos já desenvolvidos pela secretaria?

Nos nossos projetos sempre envolvem algum tipo de integração. O Serviço de Convivência foi o que teve aumento significativo nos últimos tempos. Iniciamos com três projetos, que eram os de artesanatos, esportes e valores. A questão de projetos a gente avançou bastante, principalmente com as crianças das famílias do serviço de convivência. Estamos atendendo hoje 90 crianças, e já com uma fila de espera grande de pessoas para entrar no serviço. Além de trabalhar com a criança, nós acompanhamos as famílias, então na verdade essas 90 crianças são multiplicadas pelo número de familiares de cada uma. É um trabalho importante e forte realizado com seriedade pela secretaria de assistência.

Há algum caso que você percebe ter tido algum aumento no município?

Em Tijucas, têm aumentado o número de idoso que vem sofrendo alguma negligência familiar, maus tratos ou abandono. Recebemos denúncias de familiares, de vizinhos, das agentes comunitárias ou até do próprio idoso.

Qual é a maior demanda da Secretaria de Assistência Social hoje?

Hoje a nossa maior demanda é o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), ele é a porta de entrada para a Secretaria. Ali que é identificado o que a pessoa necessita. Por exemplo, ela precisa de um benefício eventual como a cesta básica, lá eles determinam qual setor da secretária tem suporte para atender esse caso. Hoje o maior número de chegada, de acolhida, de atendimento, é o CRAS. Ele é um ótimo equipamento vinculado à secretaria de assistência.

Como a secretaria lida com a situação dos moradores de rua?

Todos os dias, mais de uma vez por dia inclusive, o serviço de abordagem vai para as ruas, faz as rondas ou recebe ligações da comunidade. Recebemos bastante reclamações. A maioria não tem documentos e não são da cidade, levamos eles à delegacia, orientamos, oferecemos banho e damos uma eventual passagem de ônibus que ele precise. Fazemos o possível, mas não podemos obrigar essas pessoas a irem embora. O morador de rua tem seus direitos, mas se alguém estiver sentindo seus direitos feridos ou passando por alguma situação mais complicada recomendamos que vá a delegacia, faça o boletim de ocorrência e denuncie.

E no caso da população nômade, como os ciganos?

No caso dos ciganos a situação é um pouco diferente. Eles têm essa proteção legal, por causa da cultura deles, de ser um povo nômade. Então temos que respeitar. Se alguém se sentir ferido de alguma forma, existe na prefeitura um setor de fiscalização onde o fiscal vai e conversa com essa população, verifica se eles estão vivendo de forma tranquila e ordeira, ele inspeciona o lugar e, também, faz um papel de mediador. Mas na maioria dos casos não há o que fazer.

Quais são as metas da Secretaria para o fim deste ano?

Queremos ampliar o número de vagas para o serviço de convivência, é a principal meta que quero alcançar até o fim do ano. Temos 90 vagas quero ampliar com mais 40 para formar outra turma. E também quero conseguir inaugurar até o final do ano o prédio do CRAS, em Tijucas. Hoje ele está em um prédio alugado. A obra começa, provavelmente, no final do mês, e até o fim do ano ou início de 2016 ela está concluída, se tudo ocorrer bem.

Você foi candidata a vereadora nas últimas eleições. Pretende se candidatar novamente?

Pretendo sim. Nesse momento tenho essa vontade. Acredito que esse é um projeto que eu vou levar adiante, de ser candidata e quem sabe vereadora.  Eu acho que tanto quanto no executivo, como secretária, no legislativo eu vou poder colaborar principalmente com as famílias mais vulneráveis. Até hoje nunca teve, no município, alguém da Secretaria de Assistência ocupando o cargo de vereador. Se eu conseguir chegar lá, eu vou com esse objetivo de divulgar e fortalecer mais a política de assistência e tentar captar mais recursos. Acredito que todas as políticas públicas sejam importantes, mas a de assistência trabalha com a família, que é a base de tudo.

 

 

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