Erivelto Leal dos Santos
Idade: 33 anos
Carreira: Erivelto, conhecido como Danone,
está à frente do Procon de Tijucas desde 2011.
Este é o primeiro cargo público que ele ocupa.
Antes trabalhava com vendas.
Em quatro anos, o número de atendimentos no Procon de Tijucas saltou de 40 por mês, para quase 400 atendimentos mensais. Segundo o coordenador, Erivelto dos Santos, quase 90% dos casos são resolvidos. Nesta quinta-feira e sexta-feira, Tijucas sedia o 9º Fórum Estadual PROCON'S em Ação. O objetivo é debater os problemas mais corriqueiros nos 92 Procons catarinenses e buscar uma solução.
Qual a realidade do Procon hoje em Tijucas?
Minha maior dificuldade é a burocracia. Porque hoje eu ainda não tenho poder de polícia e acaba dificultando um pouco as coisas. Para se ter o poder de polícia, é necessário ter o amparo legal, que passa pela Câmara de Vereadores e que ela dá o poder para o Procon. Minha estrutura ainda precisa ser adequada pela quantidade de atendimentos que se tem. Apesar de que, desde que eu comecei aqui, a estrutura melhorou muito. Tínhamos apenas uma linha telefônica e um computador, hoje temos três. Hoje sou eu e uma atendente. São duas pessoas para todos os atendimentos do mês, fica sobrecarregado.
Qual a média de atendimentos por mês?
Nós temos uma média de 350/400 atendimentos por mês. O que a gente entende por atendimento? É o atendimento que a gente faz e a pessoa retorna, porque tem que pegar documentos, fazer correção de fatura... Então a pessoa acaba voltando duas ou três vezes aqui. Então, a gente computa cada visita dela como um atendimento. Porque utilizamos cerca de 30 minutos para atende-la. Então dá essa média de 400 atendimentos.
E quais as reclamações mais constantes em Tijucas?
As mais frequentes são referente à telefonia. Isso não é só em Tijucas. É em todo o país. A maior parte das queixas são por ofertas na hora da venda, que depois não são cumpridas. Valores que são contratos e que depois vem mais alto na fatura. Também tem aumentado bastante as reclamações referentes aos juros de bancos e cartões de crédito. Há também a questão das garantias. Tijucas é uma cidade que é muito carente em assistência técnica. Então as pessoas tem que se deslocar a outros lugares. Esses são os serviços que a gente faz com maior frequência.
E as pessoas que vem até o Procon, elas tem os pedidos atendidos?
Temos muitas reclamações que chegam que não seriam atendimentos de Procon. Alguns são casos de delegacia. Nessas situações nos orientamos. Mas nos casos de Procon, temos 90% de resolução nos casos. Encaminhamos quatro ou cinco atendimentos por mês para o juizado de pequenas causas, a grande maioria a gente consegue resolver. Os problemas corriqueiros em média de cinco dias úteis a gente consegue resolver.
Mas falta informações às pessoas? Alguns consumidores tem os direitos lesados e não procuram o Procon....
Hoje o atendimento é mais simplificado. Nós abrimos a reclamação via telefone e a queixa, ou se resolve no ato da ligação, ou damos um prazo de cinco a 10 dias para o retorno da empresa. Esse é o prazo que a gente normalmente leva para resolver a questão. É claro que estamos falando de uma forma geral. Alguns casos levam até 45 dias para serem resolvidos. Nós atendemos de tudo, desde casos complexos que envolvem compras de apartamento, até casos de depilação.
As pessoas devem ter algum cuidado especial na hora da compra?
O Procon sempre orienta o consumidor cuidar com prazo de validade. Principalmente nas grandes promoções, que as ofertas geralmente são de produtos que estão prestes a vencer. Então o consumidor deve estar atento. Outra reclamação constante é a diferença entre o preço na gôndola e na hora de pagar no caixa. Nós orientamos que o consumidor faça essa fiscalização, para que ele não seja o maior lesado.
Esse contato com o público, te dá vontade de concorrer a algum cargo público?
Ainda é cedo para se falar. Eu tenho um desejo particular de um dia concorrer a vereador. Eu quero estudar a melhor hora de disputar e assim ter mais forças para desenvolver o meu trabalho.
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