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06 de Agosto de 2015 - 09:42:02

Ser pai com “P” maiúsculo

Quando o amor entre pais e filhos ajuda a superar todas as dificuldades
 
 
Ser pai com “P” maiúsculo

Nem sempre o que une é o sangue. Ser pai é uma questão de amor. Aurélio Herrmann tinha acabado de ser pai, pela primeira vez, quando uma tragédia colocou mais uma filha em sua vida. Perdeu a cunhada, num acidente de trânsito. E, junto com a esposa, não teve dúvidas: a menina, na época com cinco anos, ficaria com eles.

Passaram quatro anos desde que a cunhada de Aurélio faleceu num acidente de trânsito, na BR-101, em Biguaçu. “No dia do velório já prometemos que ela ficaria conosco, não teve discussão. Eu queria dois filhos e fui presenteado. Não precisava ter acontecido desta forma trágica, mas tivemos de superar a dor”, conta Aurélio, hoje com 37 anos. O pai biológico de Emely não a visita. Aurélio e Scheila já têm a guarda definitiva da menina e, mais do que isto, dedicam todo amor de pais.

Apesar de a pequena Emely, de nove anos, ainda o chamar de “tio”, ele sabe que o amor entre os dois não se difere em nada daquele de pai e filho. Fala das conquistas da menina como qualquer pai coruja, da mesma forma que conta as peripécias do caçula da casa, Dudu, de quatro aninhos. “Acho que ela tem vergonha de me chamar de pai, mas sei que sente como se eu fosse. No primeiro dia dos pais em que estava morando aqui, foi eu quem ela desenhou na escola”, recorda, orgulhoso. E a esposa dele logo entrega: o desenho está guardado até hoje.

Na falta da mãe, assumiu a responsabilidade

Sabe quem é José Neves Vargas? Provavelmente, não. Em Tijucas, todos o conhecem por Zé Bigonha – um aposentado que, aos 83 anos, diz conhecer quase todos na cidade. Outro fato que deve ser tão desconhecido quanto o nome dele, é a história de paternidade.

Zé Bigonha era casado. Teve quatro filhas. Uma deles, a mais nova, morreu aos dois anos, vítima de uma forte pneumonia. Quando o casamento acabou e a esposa resolveu ir embora, ficaram as três filhas para ele criar. E não fugiu da responsabilidade. “Minha sogra vinha durante o dia olhar elas para eu poder trabalhar. Quando eu chegava, era tudo comigo”, lembra.

O aposentado conta que, na época, passou muita dificuldade. Mas nunca pensou eu abandonar as crianças. “Era um tempo complicado, era difícil conseguir dar atenção para elas e ir à luta para garantir o sustento da casa. Mas, no final, deu tudo certo”, afirma, com a tranquilidade de quem cumpriu o dever de pai.

 

 

 

 

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