A oficina foi realizada com apoio do SESC Ler, localizado no bairro Praça, e atendeu 55 crianças
Os ritmos com identidade afro-brasileira são diversos e estão na base de boa parte da cultura musical brasileira. As diferentes expressões rítmicas com esta origem são tema da vivência artística Percussão Catarina: oficina de ritmos afro-brasileiros, que está sendo ministrada pelo músico e educador musical Luciano Candemil em diversas regiões do estado. Na última sexta-feira (28), foi a vez de crianças da cidade de Tijucas participarem da oficina e experimentarem a riqueza cultural que esses ritmos representam.
A oficina foi realizada com apoio do SESC Ler, localizado no bairro Praça, e atendeu 55 crianças de seis a onze anos, que realizam atividades no contraturno escolar na unidade. Durante a prática, Candemil abordou noções básicas de ritmos como o alujá, barravento, cabila, congo, ijexá, samba reggae e diversos tipos de samba. Na oficina, o ministrante contou ainda com a assistência dos músicos percussionistas Cleyton Medeiros e William Camargo. O trabalho dialoga com as várias rítmicas da diáspora africana espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, inclusive no cenário cultural catarinense.
Responsável pelo projeto, o músico Luciano Candemil destaca a importância da experiência para as crianças. “Oficinas dessa natureza, com muita vivência artística, favorecem não apenas a ampliação do repertório musical das crianças, a expressividade, a criatividade, o senso de trabalho coletivo, a experiência sonora e sensorial, mas vai muito além disso, pois amplifica as possibilidades da formação de um adulto mais sensível, mais colaborativo e criativo ao longo dos anos. Nesse instante, o que vale para a criança é viver a experiência que em algum momento na fase adulta será reativada pela memória”, pontua.
A proposta de Candemil com o projeto é oferecer uma formação em percussão sobre os ritmos afro-brasileiros que atualmente são tocados no território catarinense em vivências artísticas. Ao longo do primeiro semestre deste ano, a oficina foi realizada em Capivari de Baixo, Balneário Piçarras, São Francisco do Sul e, por fim, em Tijucas. Assim, o projeto transitou por quatro regiões do estado, buscando oportunizar o acesso à atividade cultural a municípios menores, nem sempre alcançados por projetos desta natureza.
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