Topo
TIJUCAS | Sexta Feira, 26 de Abril de 2024
Loading
Topo Daqui Tijucas
Menu Daqui Tijucas Daqui Tijucas Notícias Impressa Contato

Notícias

24 de Abril de 2022 - 11:50:33

Tijucas decreta luto pela morte de ex-prefeito

Nilton de Brito comandou a Prefeitura entre os anos de 1993 e 1996, sendo também vice-prefeito entre 2001 e 2004
 
 
Tijucas decreta luto pela morte de ex-prefeito

Em 2016, Brito foi personagem de reportagem especial do DAQUI, sobre sua trajetória na política

 

Tijucas se despede do ex-prefeito Nilton de Brito, que faleceu na madrugada da última quarta-feira, aos 73 anos, no Hospital de Caridade, em Florianópolis. Ele era casado com Cláudia Germano de Brito e pai de Rafael e Rodrigo. Comandou a Prefeitura entre 1993 e 1996, sendo também vice-prefeito entre 2001 e 2004. Foi também vereador, servidor da Celesc e empresário. Em sinal de pesar pelo falecimento do ex-prefeito, o Município decretou luto oficial por três dias.

Em setembro de 2016, o Jornal DAQUI preparou uma reportagem especial ouvindo ex-prefeitos, para que recordassem um pouco das trajetórias em campanhas eleitorais. Hoje, resgatamos o texto das lembranças de Brito, como uma forma de homenagem, mas também de eternizar a jornada de uma figura emblemática da política daqui.

 

REPORTAGEM DE 2016

– Queres um cafezinho?

Aquela deveria ser a décima vez que ouvira a mesma pergunta durante a caminhada daquela manhã pelas ruas da comunidade da Aldeia, no bairro Praça. Mesmo estando cheio de café, responde que “sim”. Não faria a desfeita de recusar. A mulher, então, tira de uma cristaleira empoeirada a xícara – igualmente poeirenta – que parecia estar ali havia anos aguardando por uma ocasião especial. E a anfitriã considerou que a visita de um candidato a prefeito de Tijucas era uma ocasião especial. Sem qualquer menção de que tiraria a poeira, serve o café que se mistura à sujeira. Entrega. O político assopra a borda para tentar amenizar. Mesmo assim, parece indigesto. Toma num gole só. “Faz parte”, pensa.

Apesar da lembrança que depois virou motivo de risos, o ex-prefeito Nilton de Brito dizia sentir falta daquelas jornadas que fazia durante as eleições. A primeira que disputou foi em 1982. Com 34 anos, concorreu a vereador e se elegeu para o cargo. Era da bancada de oposição ao MDB. No pleito seguinte, saiu a prefeito e perdeu por menos de 200 votos.

Em 1992, pelo PDS, voltou à disputa. Daquela eleição, guardou as mais valiosas recordações de uma

campanha que, segundo ele, foi vencida pela alegria e engajamento de amigos. “As pessoas sequer falavam de sigla. Diziam que eram do partido do Brito”, contou. Na época, acordava todos os dias às 5h da manhã para definir o que fazer, cedo ia para as ruas, passava de casa em casa, tomava dezenas de cafezinhos e, à noite, seguia para as reuniões partidárias. Não cansava. Queria ganhar e conseguiu. “Como prefeito, fiz uma administração popular. E isso fez com que eu tivesse aprovação de 74%. Se a lei permitisse reeleição naquela época, eu seria reeleito tranquilamente”, acreditava.

 

TRÊS PARA VICE

Em 2000, Brito foi vice na chapa encabeçada por Uilson Sgrott. Já no conhecido duelo entre “canarinhos” e “periquitos”, ganharam a eleição. A mesma chapa tentou a reeleição em 2004. Perdeu. E em 2008, Brito foi vice de Roberto Vailati. Também perderam, numa disputa em que já sentia a dificuldade de conseguir a vitória. Foi a última vez que saiu. Definitivamente parou de concorrer, mas sem deixar de participar das ações partidárias da sigla que fazia parte, o PP.

 

DERROTA INDIGESTA

Brito participou de seis eleições. Ganhou metade delas. Sabia o gosto da vitória nas urnas, mas também da derrota. Para ele, a perda mais indigesta foi a de 2004, quando ele (como vice) e Uilson Sgrott tentavam a reeleição. Para ele, a vitória estava garantida até dias antes do pleito. “Fizeram uma armação lá na Praça, pra alegar compra de voto. E naquela bobeira o Uilson apareceu no vídeo, às vésperas da eleição. Aquilo foi parar na televisão e perdemos a eleição que estava ganha”, recordou.

No entanto, ao mesmo tempo em que se permitia analisar o passado, salientava a importância de esquecer as cenas que vivenciou nos períodos eleitorais. “Não guardo nenhuma recordação, nem santinho, nem bandeira... Eleição é muito bom na hora. Não temos que remoer. Depois que passa, tem que esquecer”. E o ‘esquecer’ que ele mencionou, não era apenas para as derrotas. Vitórias também são passageiras.

 

Envie um Comentário

 

Últimas Notícias

Porto Belo realiza Segundo Encontro de Pescadores na Praia do Baixio
Santa Catarina registra 30 municípios afetados pelas chuvas e sete em situação de emergência
Feira do Livro de Tijucas acontece na próxima semana
Prefeitura de São João Batista lança concurso público para diversas áreas
Porto Belo realiza terceira edição do programa Emprega Mais na próxima semana
Rodapé Daqui Tijucas Daqui Tijucas Notícias Galerias Vídeos Impressa Contato
Rodapé Contato Contato AmpliWeb Google Plus YouTube