Santa Catarina conta com cerca de 500 mil micro e pequenas empresas.
Apesar de ser uma das forças da economia no estado, é um dos setores que mais
sofre com a crise da Covid-19. Considerando o cenário de enfrentamento da
pandemia, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE),
tradicionalmente focado em operações de longo prazo em diversos setores, vem nos
últimos dois anos inovando para atender à necessidade urgente de capital de giro e
recursos para investimentos, assegurando a manutenção de milhares de negócios e
emprego. Só em 2021, o BRDE concedeu recursos na ordem de R$ 400,5 milhões –
deste montante são R$ 138,3 milhões para micro e R$ 262,6 para pequenos
empresários e microempreendedores individuais.
“Mais de 95% das empresas catarinenses são de micro e pequeno porte, que
juntas respondem por 35,1% do PIB no Estado. Com algumas ações, foi possível que
muitas dessas empresas em dificuldades financeiras viabilizassem a manutenção dos
negócios, garantindo renda e desenvolvimento durante esse momento difícil”, ressalta
o vice-presidente e diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Marcelo
Haendchen Dutra.
Crédito emergencial – Os empreendedores catarinenses de diversos setores
como eventos, turismo, alimentação e comércio, tiveram os rendimentos afetados por
causa da crise provocada pela Covid-19 e precisaram de apoio para manter os
negócios e empregos. Lançado pelo Governo do Estado no final de julho do ano
passado, o programa SC Mais Renda Empresarial foi uma das alternativas para
socorrer as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais
(MEIs). A iniciativa foi viabilizada pela Secretaria de Estado da Fazenda e contou com
a operacionalização feita pelo BRDE. O SC Mais Renda Empresarial concedeu R$ 263
milhões, sendo deste montante, R$ 230 milhões para micro e pequenos empresários e
R$ 33 milhões para os microempreendedores individuais (MEIs).
“O programa deve chegar a mais de 6 mil contratos distribuídos em 218
municípios. Isso corresponde a 74% do território catarinense. Além dos financiamentos
a juro zero, subsidiado pelo Governo do Estado, o impacto na manutenção dos
empregos também é destaque com quase 15 mil empregos preservados”, comemora o
diretor financeiro Eduardo Pinho Moreira.
Com o objetivo de auxiliar os empreendedores na busca destes recursos,
garantindo um atendimento ágil e eficiente, o BRDE firmou parceria com as
cooperativas de crédito em todas as regiões catarinenses.
De acordo com os dados registrados pelo banco, a região com mais recursos
contratados para micro e pequenos empresários através do programa é a Oeste, com
R$ 126 milhões em 1482 contratos, o que representa 54,8% das operações; em
seguida, aparece o Vale do Itajaí, com R$ 58,9 milhões disponibilizados em 699
contratos, cerca de 25% do total de recursos liberados. O Sul catarinense vem na
sequência com R$ 15,4 milhões e 184 contratos; seguido do Norte com R$ 14,6
milhões em 192 contratos firmados. A regiões Serrana e da Grande Florianópolis
somaram R$ 7,3 milhões cada.
Atendimento aos MEIs – No fim de setembro do ano passado, o BRDE iniciou
por meio do programa de crédito emergencial, o atendimento aos
microempreendedores individuais (MEIs). Neste caso, a linha de crédito é de até R$
10 mil e pode ser solicitada independentemente da atividade econômica. O prazo de
carência é de seis meses e 12 meses de amortização, totalizando 18 meses. O
atendimento é realizado por meio de cooperativas de crédito credenciadas pelo BRDE
e a expectativa é alcançar a marca de 3.300 contratos para MEIs.
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