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08 de Fevereiro de 2021 - 21:13:50

“Mãe, o que eu tenho é um tumor na cabeça”

Durante a pandemia, Sabrina descobriu um tumor no cérebro. E ainda no período de isolamento, fez o tratamento para vencer a doença
 
 
“Mãe, o que eu tenho é um tumor na cabeça”

No último dia 23 de dezembro, Sabrina concluiu as 30 sessões de radioterapia 

 

O ano de 2020 tinha tudo para ser cheio de realizações para Sabrina Furtado, 34 anos. Os planos divinos, como ela prefere acreditar, porém, eram outros e o ano foi muito além das realizações. Sacudiu sua vida por completo e a transformou em alguém melhor do que era antes, garante.  

Após quatro anos de namoro com Felipe Alexandre Furtado, estava tudo preparado para o casamento, que aconteceria em 25 de abril com tudo o que tinham direito: muitos convidados, cerimônia na igreja, festaEm 17 de março, fizeram o ensaio fotográfico de noivos. No dia 18, lockdown. Nenhum evento do tipo era mais permitido em Santa Catarine em virtude da pandemia do novo coronavírus. 

Dias depois, Sabrina começou a sentir fortes dores no lado direito da cabeça, que logo relacionou ao estresse causado pela frustração com o adiamento do casamento. Ficou mais de um mês e meio com o problema, que se agravava sempre no fim da tarde. Em alguns dias, tomava analgésicos e se via obrigada a dormir.  

 

VEIO O DIAGNÓSTICO 

A intuição da mãe, Maria Gorete Furtado, dizia que aquilo não era normal. Resolveram agendar uma consulta com o neurologista Lucas Torres da Cunha Prata, que, inicialmente, corroborou a suspeita de enxaqueca, mas pediu uma ressonância. Quando recebeu o resultado, Sabrina encontrou o diagnóstico de meningioma e jogou o termo no Google. “Mãe, o que eu tenho é um tumor na cabeça”, disse. 

Doutor Lucas franziu a testa quando explicou o que os exames apontavam para ela e o noivo, recomendando que procurassem um neurocirurgião. “Nunca vi um meningioma desse tamanho”, afirmou o médico. Tinha sete centímetros, “do tamanho de uma mão fechada”, ela compara. Bateram no consultório da médica Melina Moré Bertotti, em Florianópolis, que de pronto indicou tratamento cirúrgico – e urgente. 

Minutos depois, enquanto passava sobre a Ponte Colombo Salles, Sabrina ouviu Felipe dizer que ela precisava ter calma e decidiu que não sofreria. Concluiu que tinha mais recursos do que a maioria das pessoas, teria acompanhamento médico e, portanto, encararia o que viesse com coragem.  

 

FÉ COMO CAMINHO 

Da amiga Fabiana Fagundes, recebeu flores, uma imagem de Santa Paulina e sua oração. “Só o que eu fiz daí em diante foi rezar”, lembra. A mãe, devota de Nossa Senhora Aparecida, por seu lado, reforçava as preces.  

Os meses que se sucederam estão gravados na memória de Sabrina como de intensa preparação espiritual. Sempre presentes, dando apoio incondicional, amigos e familiares a viam sempre sorridente e otimista. “Eu tinha muita fé e uma certeza absoluta que daria tudo certo mesmo”, ressalta. 

O momento para marcar uma cirurgia da magnitude que ela precisava não poderia ser mais inoportuno. Ela precisava de uma vaga de UTI para recuperar-se do procedimento e, em virtude da ocupação por pacientes com complicações da Covid-19, os leitos rareavam. 

E a doença atrapalharia ainda mais os planos: com cirurgia marcada para 30 de julho, ela e o noivo testaram positivo para coronavírus, provocando um adiamento mais do que indesejado. O contratempo, como toda a história de Sabrina, parece seguir um roteiro minucioso, que ela atribui integralmente a Deus.  

Em 14 de agosto, já recuperados, ela e Felipe casaram no civil; no dia 18, Sabrina fez aniversário; um dia depois, como se recebesse o maior presente da sua vida inteira, passou por oito horas e meia de uma bem-sucedida cirurgia, que lhe devolveu a vida. 

 

SANTAS NO CASAMENTO 

O pós-operatório foi surpreendente. Duas horas depois da cirurgia, por volta da 1h30 da manhã, Sabrina estava acordada e não dormiria por praticamente dois dias, “de tão elétrica que eu estava”, sorri. Recuperou-se tão bem que teve alta antes do previsto. 

Ainda enfrentaria 30 sessões de radioterapia, indo a Florianópolis diariamente, quase sempre na companhia do pai, Olímpio Francisco Furtado Neto. Etapa superada, Sabrina foi retornando às atividades normais com rapidez. Em outubro já voltava ao trabalho no Previserti (Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Tijucas), onde trabalha há cinco anos e passou dias com o noivo na Praia do Rosa. 

No último dia 23 de dezembro, Sabrina concluiu o tratamento, embora siga, é claro, o acompanhamento médico. O Natal, na companhia dos familiares a quem deve gratidão eterna, passou já na casa em que vive com o esposo. O casamento religioso está previsto para o próximo mês de maio. Na igreja, já garantiu espaço especial para Nossa Senhora Aparecida, para retribuir à mãe. E na festa, como devota que agora é, quer a presença de Santa Paulina. “Cada santa de acordo com as preferências das devotas”, brinca. De bênçãos essa história de amor, fé e superação certamente está completa.  

 

 

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