Maria Salete Marchi – Professora Alfabetizadora
A valorização do professor é e deve ser o primeiro passo para garantir uma educação de qualidade. Com o distanciamento social, as aulas foram suspensas e a educação não-presencial tornou-se uma alternativa e um grande desafio, com aulas on-line, sem o tempo adequado para aprender. O processo pedagógico precisou ser aliado na batalha pela preservação do direito à educação de todos.
O professor foi obrigado a reinventar-se. Mesmo em meio às dificuldades, desafiar e revisar novas técnicas pedagógicas em uma nova tecnologia de trabalho. É admirável ver o esforço dos nossos professores para diminuir os impactos do confinamento que estamos vivendo. Também é inspirador ver a criatividade, coragem, força de vontade, persistência, responsabilidade, sabedoria em frente a uma tela de computador.
Vejo que as mudanças tecnológicas impactaram diretamente a valorização do professor que, ao automatizar tarefas, pode dedicar-se à sua formação e adquirir experiências, novos conhecimentos e também perceber neste cenário as desigualdades sociais que se fazem presentes na vida de muitos alunos, especialmente diante da dificuldade de acesso de crianças e jovens à internet e aos equipamentos eletrônicos para participarem das aulas. Com isso, surgiu um desafio individual para cada professor que se tornou atrativo dentro de um processo pesado, triste e desigual, vencendo barreiras dos medos, receios, clima, tempo, financeiro e muitos outros que não podemos imaginar.
Por isso, quando falamos que SER PROFESSOR É ESCREVER A HISTÓRIA DE UM FUTURO, devemos extrair deste momento um olhar sistêmico de que o que importa é aprender olhar diferentes realidades e buscar articular princípios que desconsiderem as diferenças e nos torne mais humanitários, pois precisamos acreditar no valor das mudanças propostas pelo contexto no qual estamos vivendo.
Parabéns aos professores, guerreiros, que não mediram esforços para trazerem uma nova metodologia, um outro olhar à educação, que mesmo com nossas escolas vazias, salas de aula solitárias, foram capazes de inovar e buscar meios desafiadores para uma mudança, com novas perspectivas para nossos alunos, preparando-os para serem indivíduos ativos, participativos, criativos para atuarem numa sociedade voltada a novas tecnologias.
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