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Conhecidos por trabalharem com o transporte escolar em empresa familiar há duas décadas,
um casal de Tijucas teve que usar a criatividade para sair da crise: sem os rendimentos da
empresa pela suspensão das aulas, Larissa e Gil resolveram fazer bolos para vender. “Eu orava
muito para Deus pedindo que o Espírito Santo me iluminasse, dando uma ideia do que fazer. E
um dia olhei para uns ingredientes que tinha, fui fazer bolo para nosso café veio a ideia. Logo
começamos e fomos abraçados pelas pessoas, que têm nos ajudado muito”, conta.
Com os carros do transporte escolar parados na garagem e sem apoio financeiro do poder
público para a classe, o jeito foi buscar alternativas que pudessem auxiliar nas contas da
família. “Tentamos, nos reunimos com o poder público, e nada de estenderam as mãos para
nossa classe. Então resolvemos buscar outras soluções”, comentam.
Durante a semana, Larissa narrou, nas suas redes sociais, um episódio em que foram
menosprezados por estarem vendendo bolos. A postagem repercutiu. E trouxe mais apoio ao
casal: que conseguiu mais clientes e até prêmios para sortearem mensalmente a quem
comprar os produtos. “Deus é maravilhoso e sabe a hora e a forma de atender nossas orações.
Não fosse nossa fé, talvez teríamos até entrado numa depressão, vendo nosso investimento e
sonhos trancados numa garagem”, confidencia. Quer experimentar os bolos da Larissa e do
Gil? Só entrar em contato no whatsapp (48) 99149-4747.
DESABAFO
Muito triste por um acontecido ontem. Meu esposo saiu para entregar os bolos, e passou
oferecendo, fazendo a propaganda. Uma pessoa de uma loja aqui em Tijucas falou pra ele:
nossa Gil, quem te viu, quem te vê, heim! Vendendo bolo agora". Queria saber se é alguma
vergonha ser confeiteira, se é alguma vergonha vender bolo. Que bom que esta pessoa está
trabalhando, que bom que a pandemia não atingiu esta pessoa, porque nós fomos atingidos,
estamos parados há mais de 5 meses, estamos tentando e Deus está abençoando em uma
semana de produção fomos surpreendidos pelo que não esperava de vendas.
Vender bolo não é nenhuma vergonha. Foi Jesus que me inspirou a isso. E querem saber, isso
pode ser a nossa única renda futuramente, tem muita confeiteira aí que é a única renda da
família. Eu creio em um novo recomeço. E não abandonamos o transporte escolar, não, tá.
Iremos retornar. Minha van é quitada. Se queres saber precisamos continuar pagando os
impostos, e sobreviver, por isso estamos vendendo bolo.
Larissa e Gil Machado
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