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07 de Agosto de 2020 - 18:48:19

Fala Especialista

Agosto, o mês dourado!
 
 
Fala Especialista

Pâmela Suelen Teixeira - Consultora de Amamentação 

 

(foto Fala Especialista – DIVULGAÇÃO) 

 

Agosto Dourado é o mês do incentivo à amamentação. Mas, antes de falar sobre esta campanha, é importante dizer que este texto não é somente sobre a minha experiência com a amamentação ou sobre mães que fizeram o aleitamento materno exclusivo. É sobre todas as mães! Então, você, mãe, que não amamentou por vários motivos e geralmente se sente incomodada com o tema, não pare por aqui. Esse texto servirá para você também, eu garanto! 

Toda mãe tem o direito de decidir de que forma amamentará o seu filho e por quanto tempo, sendo esta uma escolha consciente e pessoal. É importante nos tornamos protagonistas da nossa própria história.  O objetivo da campanha, ao promover o aleitamento materno, é mostrar os benefícios desta prática para a mãe e o bebê e expor a cultura do desmame que por décadas está inserida em nossas vidas.      

Segundo Pesquisa Global Lansinoh sobre Aleitamento Materno realizada com mães e mulheres grávidas, no Brasil, 98% das entrevistadas acreditam que amamentar é a melhor forma de nutrir um bebê. No entanto, a média de aleitamento exclusivo no país é de 54 dias. A OMS - Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde indicam o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, e após a introdução alimentar, aconselham no mínimo até 2 anos de idade.  O que acontece com essas mães depois que o filho nasce? Por que a maioria opta por desmamar tão cedo? Por que, mesmo querendo amamentar, a maioria das mães não conseguem? Essas eram perguntas que eu fazia a mim mesma sem parar!   

Toda vez que uma mulher grávida fala que quer amamentar, chovem histórias trágicas sobre o tema. Depois do nascimento, o bebê perde peso e nos primeiros dias o leite vem em um ritmo mais lento. Logo, o que se ouve é que a mãe não possui leite suficiente para o seu bebê. É comum ver mães sofrerem por uma pega errada do bebê na mama. A dor é considerada normal e a mulher que quer amamentar “aguenta” a dor e os machucados, acreditando ser normal.  

Deixa te contar um segredo (para que não seja mais um segredo): amamentar não dói e não machuca! A cultura do desmame é na verdade um grande equívoco coletivo que acontece porque a sociedade replica ideias distorcidas, que faz a mulher que acabou de se tornar mãe acreditar que amamentar dói e é sofrido, ao invés de passar adiante dicas que levariam ao sucesso desse processo e promoveriam o bem-estar da mãe e do bebê.  São tantas ideias negativas somadas à exaustão que um bebê recém-nascido provoca, que levam aquela mulher a perder a confiança em si, no seu corpo e no seu leite.  

Ao se dar por conta, já está com uma prescrição de fórmula láctea nas mãos (porque nenhuma mãe quer deixar seu filho passando fome). A fórmula láctea salva vidas, quando prescrita nas situações realmente necessárias. Mas atualmente é indicada além do necessário. A amamentação, mesmo sendo um processo fisiológico, precisa ser aprendida! Mãe e bebê estão aprendendo juntos este processo. Ao invés da prescrição da suplementação, é imprescindível que se “prescreva” paciência, muito contato pele a pele entre a mãe e o bebê e Ocitocina, o hormônio do amor.  

O apoio às mães precisa vir de profissionais comprometidos que as façam se sentirem seguras, e de uma rede de apoio dentro de suas casas. É mais do que necessário compartilhar informação positiva, histórias de sucesso, truques que ajudam. E é para isso que o Agosto Dourado foi criado.  

Eu acredito fielmente que uma mãe, quando sabe dos benefícios do leite materno para a vida do seu bebê, dificilmente irá escolher não amamentar. Geralmente o que nos falta é acolhimento, segurança e empoderamento. Para o sucesso da Amamentação antes de tudo é preciso envolvimento de todas as pessoas que acompanham essa mãe e este bebê.  Amamentação vai muito além de conseguir ou não, até porque a taxa de mulheres que apresentam problemas reais que as impedem de produzir leite é de 5%. O sucesso da amamentação é, acima de tudo, vencer todas essas barreiras, acreditar em si mesma e no vínculo com o seu bebê.

 

 

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