Estamos vendo, nos últimos anos, um aumento no número de casos de doenças infecciosas. Algumas delas assolaram a população no passado, já haviam sido erradicadas e voltaram a circular no país como sarampo, poliomielite, febre amarela e dengue. Uma das causas é a baixa cobertura vacinal, além das mudanças climáticas, desmatamento, entre outros. E percebemos no consultório que muitos não sabem sua situação vacinal e pensam que adulto não precisa ser vacinado.
A história da vacina data do século XVIII, onde o médico Edward Jenner inoculou pus de uma lesão contaminada com varíola em uma criança, na qual a mesma adquiriu imunidade à doença. O médico continuou seus estudos e experimentos e em pouco tempo, suas descobertas foram aceitas e introduzidas em todo o mundo. No Brasil, em 1904, com a alta do número de doenças e epidemias, inclusive de varíola, foi instituído a Lei de vacina obrigatória, o que gerou um dos maiores protestos da história do Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina. E em novembro daquele ano, o governo revogou a obrigatoriedade da vacina.
As vacinas são substâncias constituídas de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), vivos ou mortos, ou seus derivados. Elas estimulam o sistema imune a produzir anticorpos que ajudam na defesa do organismo. Apesar de a imunização ser uma fonte segura de prevenção de várias doenças e causar poucas reações adversas, ainda há resistência por parte da população, pela vacinação. Muitas vezes, as vacinas ofertadas gratuitamente pela rede pública, não alcançam a meta do Ministério da Saúde de cobertura vacinal.
Poliomielite, tétano, difteria, coqueluche, sarampo, rubéola, gripe, febre amarela, hepatite B são alguns exemplos de enfermidades prevenidas pela vacinação. Não apenas crianças devem ser imunizadas. Algumas vacinas devem ser aplicadas na adolescência como o HPV e outras nos idosos, como reforço do tétano.
Lembramos que existem ainda, vacinas que não são ofertadas pela rede pública de saúde, mas que são interessantes em alguns grupos de risco: Vacina contra meningite meningocócica ACWY e meningocócica B (protege contra casos graves de meningite), Pneumo 13 ou 23 (previne doenças pneumocócicas como pneumonias e meningites), vacina contra dengue (previne formas graves em quem já apresentou episódio de dengue anterior), Vacina herpes zoster (indicada para maiores de 50 anos).
Ah, e esperamos que a vacina do novo coronavírus seja uma realidade próxima!!! Já deu uma espiadinha na sua carteira de saúde? Procure uma sala de vacina e a atualize.
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