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12 de Junho de 2020 - 15:24:37

CRÔNICA DE UM FILHO DAQUI

 
 
CRÔNICA DE UM FILHO DAQUI

Cláudio Eduardo 

 

Não nasci em berço de ouro. Nasci tijucano, ali da Praça, filho de pescador – numa mistura de Souza com Camargo. Por muitos anos, ao longo da minha infância, conhecer Tijucas era algo restrito. Não podia “ir lá pra cima”. Não tinha autorização para passar por baixo da ponte e explorar bairros que não fossem o meu. Era pela Praça que brincava nas ruas, ia para a escola, depois, mais crescido, vendia picolé e até juntava latinhas. Tijucas demorou a ser apresentada escancaradamente para mim... Idas para outras comunidades, na infância, eram raras. 

Na minha lembrança, guardo as passeadas (em família) nos finais de ano pelo Jardim Porto Belo, para ver os enfeites de Natal. Ou das longas pedaladas pela, na época sem asfalto, rua 13 de maio, para ir numa plantação de laranjas em Areias. Ou então, das “viagens” para os estádios de futebol para acompanhar as partidas do Renascença, que às vezes terminavam em confusão. E apesar de não conhecer cada cantinho da cidade, lá mesmo na infância já amava esta terra. 

Comecei a conhecer mais a minha Tijucas quando entrei para o mercado de trabalho, aos 13 anos. Meu ofício era circular pelos bairros, de bicicleta, entregando cartas a pessoas que estavam em débito com alguma loja. Andava com um mapa para saber como chegar em cada comunidade. Nem demorou para que conhecesse cada rua como a palma da minha mão magrela. E o amor pela terrinha aumentava. 

Nas reviravoltas que a vida dá, muitas surpresas foram reservadas. Oportunidades – que pareciam tão distantes na infância – surgiram. Fiz faculdade. Embarquei no jornalismo. E tinha a certeza de que, ao contrário de muitos que sonhavam em ir para o mais longe possível, queria fazer a diferença na minha Tijucas. Morei por longos cinco anos fora, mas meu coração se enchia mesmo de alegria era nos dias de folga em que podia embarcar num ônibus, descer na rodoviária e caminhar até a Praça. 

Lembro de uma pergunta comum que tijucanos faziam (acho que ainda fazem) para outros tijucanos: “és filho de quem?”. Nas minhas andanças por outros cantos do mundo, a pergunta era: “és de onde?”. Usava, então, cheio de orgulho, a resposta da primeira pergunta: “sou filho de Tijucas!”.

 

 

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