Construções antigas que se mantem de pé, contam parte da história de Tijucas, que no próximo dia 13 de junho completa 160 anos de emancipação político-administrativa. Mas, antes mesmo desse período, a cidade já tinha sido descoberta por colonizadores europeus. Uma trajetória que se confunde com a do Brasil e começa lá no século 16.
Sebastião Caboto chegou aqui em 1530. Antes, aportou na Ilha de Santa Catarina, fez contato com os espanhóis e com os índios que lá viviam. Na volta, Caboto passou por aqui. Ao chegar no canal do rio, deu o nome de Porto de São Sebastião, em homenagem ao santo – que ainda hoje é padroeiro da cidade. Era prática comum entre os navegadores da época batizarem as descobertas com o nome do santo do dia. Era 19 de janeiro quando Caboto passou por aqui.
Os primeiros moradores do local em que a cidade foi erguida foram os índios carijós, que faziam parte de uma subdivisão da tribo tupi-guarani. Teriam sido eles os responsáveis pelo nome da cidade. Tijucas é uma adaptação do termo “Tiyuca” – que era usado para denominar a lama escura das margens da foz do rio. Depois o nome foi aportuguesado pelos açorianos, no século 19.
Em 1746, Portugal resolveu enviar habitantes da ilha de Açores para povoar os territórios do sul brasileiro. Queriam impedir o avanço dos espanhóis que começavam a se apoderar de terras pela Ilha de Santa Catarina. Os imigrantes se estabeleceram onde hoje é o bairro Praça. Ergueram pequenas casas rústicas de madeira e sobreviviam da pesca.
Tijucas pertencia a Porto Belo. Mas caminhava para virar independente num processo de desmembramento que, na época, estava sendo comum nos territórios do nosso litoral. Em 1848, foi criada a Freguesia e Paróquia de São Sebastião de Tijucas. Em 1859, foi elevada à categoria de vila (que corresponde ao município), se emancipando de Porto Belo. A instalação só foi efetivada em 13 de junho de 1860 – 160 anos atrás.
População estimada em 2019: 38.407 habitantes
Área da unidade territorial: 279,578 km²
|