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18 de Junho de 2015 - 09:46:45

Familiares acusam hospital de negligência

Professora teria sido liberada do hospital com suspeita de crise de bronquite. Mas morreu horas depois de parada cardíaca
 
 
Familiares acusam hospital de negligência

A família da professora Dulcinéa Souza Cardoso Neta, que morreu aos 36 anos, trava duas lutas: uma para superar a perda, outra, na Justiça. Vão processar o hospital São José de Tijucas. Acusam a instituição de negligência. Neném, como era conhecida entre amigos e alunos, passou mal e teria sido mandada para casa com suspeita de uma crise de bronquite. Mas, horas depois, morreu de parada cardíaca.

Era 2h da manhã de sexta-feira, 5 de junho, quando Neném passava mal e foi levada pela irmã mais nova, Lucinéa Souza Cardoso, 30 anos. “Ela me chamou, pedindo para levar para o hospital. Estava gelada, com a boca dormente e falta de ar. Deram soro glicosado e falaram que fariam um eletrocardiograma”, comenta Lucinéa. Quase duas horas depois da chegada ao hospital, Neném recebeu alta. Sem nenhuma receita, apenas com o diagnóstico de que teria tido uma crise de bronquite – mesmo sem ter histórico da doença.

Às 7h da manhã da mesma sexta-feira, ainda passando mal, a família resolveu levar a professora para o hospital Celso Ramos, em Florianópolis. “Eu tinha pedido, em Tijucas, para transferirem ela. Mas me falaram que isso só acontecia em casos graves. Quando chegamos em Florianópolis, ela me disse que já não sentia mais nada da cintura para baixo. Pedimos para ela se ajudar e ela respondeu que não conseguia”, recorda a irmã.

O coração de Neném parou. Por mais de uma hora, o médico que a atendeu em Florianópolis fez a reanimação e conseguiu fazer com que voltasse a bater. No entanto, além do infarto, a diabetes dela – que recebeu soro glicosado na madrugada – chegou a mil, segundo a família. Era 14h quando não resistiu e faleceu. “O médico de lá disse que se a minha irmã tivesse chegado antes com ele, teria sobrevivido”, lamenta Lucinéa.

A DOR DE UMA MÃE

Os dias têm sido cada vez mais difíceis para a mãe de Neném, dona Jorgete. Fora a tristeza da perda, ela não se conforma com o atendimento que teria sido dado no hospital de Tijucas. “Esse médico que estava de plantão nem olhou a cor da minha filha. Ele deve ter mandado a enfermeira fazer o trabalho”, acredita. Ela diz que está processando o hospital porque não quer que o sofrimento se repita em outras famílias. “Foram negligentes. Se não têm condições de atender como devem, que fechem as portas! Essa dor que sinto agora, ninguém tira”, ressalta.

Neném era professora desde 2003. Fez também faculdade de Gastronomia, mas preferiu continuar nas salas de aula. Trabalhou em Tijucas, mas, agora, estava como diretora numa escola de Itapema. Estava prestes a concluir um mestrado. “Minha filha era alegra, tranquila... Não tem nada que me conforte. Já avisei em casa: se eu passar mal, deixa eu morrer na estrada, mas não me leva para esse hospital de Tijucas”, implora.

O OUTRO LADO

Em contato com o hospital São José, a reportagem do DAQUI foi informada que o diretor da instituição, Vagner Vicheli dos Anjos, estaria em viagem a São Paulo, com retorno previsto para hoje, no final do dia. Todos os questionamentos, segundo o retorno do hospital, só poderiam ser respondidos pelo diretor, que estará na instituição a partir de sexta-feira. 

 

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