Enquanto estava hospedado num hotel, no centro de Tijucas, ele era Marcelo Bozzane Lippie Losh, um diretor de núcleo da Rede Globo de Teledramaturgia. Estava na cidade atrás de locações para a nova minissérie da emissora. Fotografava ambientes, prédios antigos e tinha até uma funcionária contratada – crente de que estaria fazendo um trabalho sigiloso, conforme o contrato que ele prometera. Mas a casa caiu.
Lippie Losh era, na verdade, Marcelo Hidalgo Silva Alvim, 44 anos. E era um falso contato da Globo. A polícia civil de Porto Belo, por meio do setor de Investigação Criminal, realizou a prisão dele na última quinta-feira. Marcelo é acusado do crime de estelionato. Além de comprar e não pagar, em alguns estabelecimentos, alegando que acertaria as contas assim que o resto da equipe da emissora chegasse à região, ele também intermediava falsos empregos com a Rede Globo. O pedido das autoridades policiais é que, quem foi lesado por Marcelo, vá até a delegacia e denuncie.
NÃO É O PRIMEIRO
Este ano, em março, Marcelo já havia sido preso pelo mesmo crime. Foi flagrado pelos policiais civis da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) de Curitiba/PR. Ele tinha crachás, holerites, contratos e outros documentos falsos que comprovariam que era o funcionário da Globo responsável pela seleção de atores e figurantes para participação em telenovelas, minisséries, programas de auditório, reality shows e até em um programa especial que, segundo o golpista, seria produzido somente para transmissão no Paraná.
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