O temido retorno ao trabalho
Elaine Venera – mãe do Caio
Se passaram os quatro meses, a sua rotina está toda programada entre as mamadas, trocas de fraldas, banho, pediatra, vacina e muitos outros afazeres que só nós mamães sabemos. Se aproxima o fim da licença maternidade e a vida precisa retornar à sua rotina normal, posso dizer sem exageros que é sim um pouco cruel e dói! Dói de pensar que não vai mais ter seu bebê o dia inteirinho com você e o sentimento de que ninguém no mundo vai saber cuidar igual você.
No trabalho eu sempre fui aquelas pessoas práticas, motivadas e que gostam de ver as coisas fluírem, entretanto estava vivendo um misto de sentimentos. Triste em ficar longe do Caio, mas por outro lado com saudade da rotina, de me comunicar com a equipe, de ter assuntos novos.
Desde que me tornei mãe, algo que eu sempre temia era em presenciar aquela cena de deixar o bebê para trabalhar e ele chorar. Pensando nisso usei meu senso prático e tomei algumas decisões que foram extremamente importantes nesse processo, definir com quem o Caio ficaria já quando ele tinha dois meses e agendar uma consulta com psicólogo. Popularmente conhecida como babá, mas no meu caso um anjo chamado Cida, que cuidaria do meu menino e que começou a ficar com ele em horários intercalados já com três meses para que ele se acostumasse com a presença dela.
A consulta com a psicóloga maravilhosa Ryllyane Rozenq, que em uma conversa muita direta fez com que eu repensasse em muitas situações e me tranquilizou com as respostas que eu mesma já tinha dentro de mim. Ryllyane fez de uma forma lúdica um desenho e me mostrou a mulher que eu era antes da maternidade e a mulher que irei me tornar, mas entre essas duas mulheres existe um caminho a ser percorrido. E cada coisa de sua vez, e sem cobranças, de uma forma ou de outra sempre chegamos lá, cada uma no seu tempo.
Psicológico ok, babá ok, unha ok, salto ok, brota no trabalho pra garantir o salário do mês!
Confesso que meu retorno ao trabalho foi um dia agradável, como o Caio já estava acostumado com a Cida ele não chorou e passou o dia super bem. Estava com saudade sim da correria, da minha mesa, meus e-mails, da equipe de trabalho. Porém, sob a mesa agora sempre tenho o porta-retrato com a foto do Caio e uma saudade constante... Quem é mãe sabe, estamos fisicamente no trabalho mas o coração sempre nos filhos! Gostaria de aproveitar e deixar aqui toda a gratidão do mundo pra Cida que cuida do Caio como se fosse um filho. Mil vezes obrigada! E que todas vocês que um dia passarão por este momento, também encontrem alguma Cida para as deixar mais tranquilas nesse temido retorno ao trabalho.
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