Quando criança, uma das atrações de final de ano era subir na bicicleta e, com a família, ir do bairro da Praça até o Centro de Tijucas para apreciar a decoração de Natal de casas que nos pareciam tão luxuosas. Depois, voltávamos para casa – que sempre tinha um pisca-pisca mais modesto e uma árvore humilde abrigando o presépio de gesso meio desbotado. Mesmo na simplicidade, o nosso espírito natalino estava vivo.
Neste percurso, brilhavam os sonhos. E não eram o sonhos de ter aquelas mesmas casas que tínhamos como referência, não eram desejos de ganhar presentes caros (até porque tinha a consciência de que não viriam)... Era sonhar acordado imaginando como seria o futuro. “Como será o Natal daqui uns 20 anos, lá pra 2019?”.
Eram tantas incertezas – de quem, por vezes, precisava ser ajudado – que, certamente, em nenhum dos sonhos o “Dois Mil e Dezenove” seria assim. E como agradecer por ter superado tantas dificuldades e conquistado bem mais do que ousara sonhar? Entendi que a melhor maneira de fazer isto seria tentando ajudar àqueles que ainda passam por dificuldades. E assim tenho feito. Mais um ano da campanha ADOTE UMA CEIA. Mais uma vez, atendido por tantos amigos e com a certeza de que, juntos, levaremos mais alegrias a várias famílias (que hoje talvez são os sonhadores que fui no passado). Viva a CORRENTE DO BEM! Sigamos sonhadores.
Cláudio Eduardo de Souza – repetindo texto natalino de 2017, porque o sentimento não muda!
|