A tradição de fazer tapetes de Corpus Christi com sal grosso, areia, serragem e pequenos objetos veio de Portugal. Segundo a crença, as peças são feitas para a passagem da procissão que celebra a sagrada eucaristia, 60 dias após a Páscoa. Em Tijucas, os fiéis fazem os tapetes anos a fio. E teve a participação de representantes de todos os bairros da cidade.
A produção dos tapetes, que ocupou todo o pátio da capela de São Pedro, na Joaia, demorou cinco horas para ser feita. Cada comunidade ficou responsável pelo desenvolvimento de um tema. O bairro da Joaia, que estava à frente da Festa do Divino, fez alusão ao Divino Espírito Santo. “Os tapetes são um presente para Deus. É como um tapete vermelho para fazer as honras a um convidado ilustre", explica Neidiane dos Santos, uma das organizadoras do evento.
Ela conta que as artes começam a ser planejadas com um mês de antecedência. “Desenhamos em folhas de papel e colocamos os materiais para preencher por cima. Temos que usar a criatividade e fazer tudo com capricho e fé”, conta. O motorista Claudomir Moresco, 39 anos, participou pela primeira fez da confecção dos tapetes, mas promete voltar o ano que vem. “É gratificante ver o envolvimento das pessoas e dos bairros”, afirma.
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